Enem 2023 retoma crescimento no número de participantes e registra 3,9 milhões de inscrições

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 recebeu 3,9 milhões de inscrições — um aumento de 13,1% em relação à edição anterior da prova, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A avaliação será aplicada em 5 e 12 de novembro. (Veja, mais abaixo, dicas de como se preparar.)

  • O índice marca uma recuperação após a pandemia da Covid-19: o número de inscrições mais baixo da história foi registrado em 2021 (3,1 milhões).
  • Apesar da melhora, o Enem ainda está longe de se aproximar do gigante alcance que tinha no período de 2014 a 2016, quando atingia mais de 8 milhões de alunos.
  • Das 3,9 milhões de inscrições em 2023, 63% não foram pagas (estudantes da rede pública, por exemplo, têm direito à isenção da taxa).

Observe o gráfico a seguir:

Número de inscritos no Enem (2007-2023)
Exames de 2007 e 2008 não tinham o formato adotado a partir de 2009

Ainda dá para estudar?

É preciso começar “para ontem”, segundo professores ouvidos pelo g1. E o melhor jeito é ter um plano de estudos em mãos. Veja dicas:

1 – Disciplinas que considera mais difíceis e as mais fáceis

Seja pragmático! Antes de definir o que vai estudar e quanto tempo dedicará a cada disciplina, liste seus pontos fortes e fracos em cada matéria.

Dificilmente o aluno vai direcionar o mesmo tempo para todas as áreas do conhecimento. Então, é preciso priorizar. Se ele tem maior afinidade com português, mas tem dificuldade em física, precisará de mais tempo para física.
— Rodney Luzio, coordenador de matemática do Curso Anglo

2 – Disponibilidade de tempo

Seja realista! Veja quanto tempo tem, de fato, disponível para estudar. Isso é fundamental para:

  • saber se conseguirá estudar uma ou mais áreas de conhecimento por dia;
  • definir como irá intercalar os temas estudados;
  • ver se terá tempo de estudar um determinado conteúdo detalhadamente ou apenas aprender as definições mais gerais.

O aluno com menos tempo para estudar provavelmente não vai conseguir se aprofundar nos conteúdos. Mas dá para garantir um estudo digno com o tempo que tem, mesmo que não dê para entrar nos pormenores de cada assunto.

— Fabrício Pires, diretor do Ensino Médio e Pré-Vestibular do Colégio Master

No caso de quem tem menos tempo livre porque também trabalha, cuida dos irmãos ou tem outra responsabilidade no dia a dia, o planejamento vai ser ainda mais essencial.

Neste cenário, vale tentar aproveitar cada brechinha de tempo livre, como aquela hora no transporte público a caminho da escola ou do trabalho, por exemplo.

📆 Mão na massa!

Você pode montar o plano de estudos onde achar melhor: no celular, computador, caderno ou agenda. O importante é registrar em algum lugar seu compromisso consigo mesmo e o planejamento de como isso vai acontecer.

Na montagem, considere os seguintes aspectos:

ORGANIZAÇÃO

  • Horários: defina os horários disponíveis de acordo com cada dia da semana. Em um feriado sem aula ou nos finais de semana, o número de horas livres será maior, por exemplo.
  • Seja objetivo: organize horários realistas no seu planejamento. Não adianta colocar que tem 5 horas livres se não considerar o horário das refeições e do banho. Tempo de estudo é tempo de estudo.
  • Sono: a rotina de sono deve ser respeitada durante o período de estudos. Dormir de menos ou de mais pode comprometer a concentração, a capacidade de compreensão e internalização das informações estudadas.
  • Atividades: compromissos fixos como escola, cursos, academia e atividades extracurriculares devem constar no planejamento para identificar o tempo livre de fato. Consultas médicas alteram o planejamento e devem entrar na agenda.
  • Devagar e sempre: se não estiver acostumado a ficar muito tempo estudando direto, opte por tempos de estudo curtos e intercalados com pequenos descansos. Por exemplo, estude de 30 a 40 minutos e faça pausas de 5 a 10 minutos entre eles.

 

CONTEÚDO

  • O que estudar: se você faz cursinho preparatório, pode separar os conteúdos do dia com base no que foi visto no curso naquele dia. Isso pode ajudar a guardar as informações. Se não faz, a sugestão é separar de acordo com os dias de provas. Na segunda-feira, por exemplo, estude conteúdos do primeiro dia do Enem. Já na terça, veja assuntos do segundo dia, e assim sucessivamente. Dessa forma, vai conseguir relacionar os temas com maior facilidade.
  • Decorar: se a matéria exige decoreba, opte por dividir o conteúdo, em vez de estudar tudo uma única vez. Mais vale estudar 10 minutos por cinco dias do que estudar 50 minutos em um único dia.
  • Redação: dedique um tempo para treinar a redação! Olhe os temas de anos anteriores e faça uma redação por semana.
  • Revisão: inclua horários de revisões no seu planejamento e considere que o que não é lembrado, é esquecido.
  • Compromisso com seus acordos: se você resolveu que vai estudar três horas por dia, cumpra com isso. Não se autossabote!
  • Disciplina: o tempo não é infinito e a cada dia o Enem está mais próximo. Elimine as distrações e foque no que está fazendo.

⭐ Bônus – Reavalie seu planejamento constantemente. Se você fez o planejamento para duas semanas, mas já na primeira identificou que precisa reorganizar os horários, faça isso. E repita quantas vezes for necessário para otimizar seu desempenho.

O Enem é aplicado em dois domingos e divide o conteúdo por áreas do conhecimento, além de ter uma redação.

Dia 5 de novembro:

  • 🗺️ Ciências Humanas e suas Tecnologias: 45 questões de múltipla escolha de geografia, história, filosofia e sociologia.
  • 📚 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: 40 questões de múltipla escolha de português e literatura e mais 5 de língua estrangeira (inglês ou espanhol).
  • ✍️ Redação dissertativa-argumentativa: texto tem que ser escrito com base em uma situação-problema apresentada. Veja redações nota mil.

Dia 12 de novembro:

  • 🔢 Matemática e suas Tecnologias: 45 questões de múltipla escolha.
  • 🧪 Ciências da Natureza e suas Tecnologias: 45 questões de múltipla escolha de biologia, química e física.

Texto originalmente publicado em G1