Copropi debate financiamento e avanços para a pesquisa e inovação no Brasil

O Colégio de Pró-Reitores de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (COPROPI) reuniu-se no CEFET do Rio de Janeiro, nos dias 31 de julho, e 1º e 2 de agosto, para debater o financiamento e o desenvolvimento de políticas públicas para o avanço da pesquisa, ciência e inovação no Brasil, com a presença de mais de 50 pró-reitores de pós-graduação, pesquisa e inovação das universidades federais de todo. Como parte da programação, os convidados participaram também de visitas técnicas a diferentes instituições de pesquisa na cidade.

Na terça-feira, dia 31, os pró-reitores visitaram o INMETRO para estabelecer possibilidade de uso dos laboratórios multiusuários daquele Instituto pelas Universidades Federais. Na manhã do dia 1º, quarta-feira, a visita foi ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em busca de possibilidades de financiamento à pesquisa e inovação por parte do banco de desenvolvimento. No período da tarde, a visita foi à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), onde os pró-reitores estiveram reunidos com a diretoria e com o presidente da instituição, Celso Pansera, para discutir linhas de financiamento prioritárias da Instituição, além do volume de recursos disponível para investimento em pesquisa e desenvolvimento e criação de editais nos próximos anos.

Já na manhã da quarta-feira, 2, os representantes das universidades participaram de encontros com a diretoria do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com o objetivo de discutir possibilidade para otimizar as iniciativas de inovação dentro das universidades federais. O período da tarde foi dedicado a discussões internas do Copropi, e recomendações relativas a uma portaria da Capes que permite o acúmulo de bolsas e emprego para os pesquisadores.

“A principal intenção da atual gestão do Copropi é aproveitar esse período de reconstrução da ciência brasileira, e colocar a infraestrutura de pesquisa, pós graduação e inovação das universidades federais, que hoje responde por 60% do conhecimento produzido no Brasil, ao dispor do governo federal”, afirmou o coordenador nacional do Copropi, Flávio Demarco.

A reunião teve dois momentos, acrescentou Demarco. O primeiro foi visitar instituições que possuem laboratórios multiusuários para avaliar as possibilidades de convênios e cooperações com as universidades. “Em vez de replicarmos as estruturas de laboratórios nas universidades, estamos avaliando a possibilidade de utilizarmos essa infraestrutura altamente qualificada que estes institutos possuem, em forma de parceria, convênio ou cooperação”.

O segundo momento da reunião foi fazer uma interlocução com financiadores da ciência. “Quando o atual governo determina a utilização de todo o fundo do FNDCT [Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] para investimento em pesquisa, temos uma perspectiva histórica de ter um financiamento que nunca tivemos para a ciência brasileira. As Universidades Federais, responsáveis por 60% da produção do conhecimento no Brasil, estão à disposição para participar do processo de reconstrução do país. A busca de parcerias e oportunidades é essencial nesse momento e foi isso que o Colégio de Pró Reitores de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação das Universidades Federais tem procurado fazer”, concluiu o coordenador nacional do Copropi.