A Unifesp sediou em 15 de agosto o Seminário Internacional de Inovação Responsável em Políticas Sociais – Saúde, Educação e Assistência Social, realizado em parceria com o grupo de pesquisa In Fieri, da Universidade de Montreal, e com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A mesa de abertura contou com a presença da reitora da Unifesp, Raiane Assumpção, com a coordenadora de Integração Acadêmica, Marisa Sakaloski, e com o coordenador do projeto Inovação Responsável e Resiliência em Políticas Sociais (IRR-PS), Rogerio Schlegel.

O evento, transmitido pelo YouTube, discutiu formas de desenvolver políticas públicas segundo princípios inclusivos e sustentáveis, levando em conta a otimização de esforços conjuntos do poder público e de agentes privados e a harmonização da atuação em frentes tão diversas quanto saúde, educação e assistência social, por exemplo.

Schlegel iniciou o evento apresentando o seminário como um espaço para tratar a inovação de um jeito diferente do usual, focando na sustentabilidade de maneira ética, social, econômica e ambiental. “O nosso foco hoje e no projeto não é apenas na inovação tecnológica, mas em sentido amplo, sobretudo a aplicada às políticas públicas de Saúde, Assistência Social e Educação”, afirmou.

Representando a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (ProPGPq), Marisa Sakaloski destacou a importância de um evento para tratar um assunto de abrangência transversal, que contribui para as Ciências Humanas e Sociais, enfatizando a qualidade do corpo de pesquisadores(as) da Unifesp.

Raiane Assumpção ressaltou que o seminário faz parte da expressão dos valores e princípios que a própria universidade tem como eixo estruturante: o

Palestra da pesquisadora Pascale Lehoux

trabalho em rede com outras instituições, contribuindo para o fortalecimento das produções acadêmicas. Sobre a Política de Inovação, afirmou que a Unifesp ainda precisa avançar nas áreas de Inovação Social e Políticas Públicas. “Quando falamos de inovação, muitas vezes nós pensamos apenas na questão tecnológica, porque aquilo é novo, então as pessoas entendem que aquilo é inovação, mas ela é algo que a gente também consegue produzir numa escala de efetividade. Por isso, quando falamos aqui de políticas públicas, políticas sociais, as pessoas têm dificuldade de entender que métodos, metodologias e protocolos possam ser entendidos como inovação, e a nossa política já prevê isso”, explica.

A palestra principal do seminário foi da coordenadora do grupo de pesquisa In Fieri, Pascale Lehoux, que também é referência internacional na Inovação Responsável em Saúde (IRS) – abordagem que aposta na participação ampla dos setores da sociedade impactados por inovações sociotécnicas, de forma a gerar soluções sustentáveis do ponto de vista ético, econômico, social e ambiental.

Por Paula Garcia
Fotos: Alex Reipert

Texto originalmente publicado em Unifesp