Acromegalia, doença que afeta as glândulas de secreção interna do corpo, consiste em uma condição crônica causada pela produção excessiva do hormônio de crescimento (GH) e pelo fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1). Entre os principais sintomas, estão aumento exacerbado de partes do corpo – muitas vezes localizados na face – e complicações como insuficiência cardíaca, diabetes e hipertensão.
Pensando nisso, pesquisadores ligados ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia (PPGO) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e Grupo de Pesquisa Clínica e Molecular em Endocrinologia e Metabologia (Endoclim), do Hospital Universitário (HU-UFMA) desenvolveram o estudo “Características orofaciais relacionadas à qualidade de vida relacionada à saúde bucal em pacientes brasileiros com Acromegalia”.
Publicada no periódico Oral Diseases, uma das mais relevantes revistas científicas do ramo, a pesquisa buscou identificar a presença de alterações e desordens nas estruturas da face e da boca, como aumento do volume ósseo da mandíbula e mau posicionamento dos dentes. Nesse sentido, o foco da preocupação gira em torno dos impactos negativos que isso pode trazer à vida dos pacientes, tais quais redução da autoestima e prejuízo psicológico, dificuldades de sociabilização e problemas emocionais.
O coordenador do projeto e cirurgião-dentista, Vandilson Rodrigues, destaca a necessidade de estabelecer medidas preventivas. “Precisamos considerar que não é importante apenas tratarmos de patologias como essa, mas trabalharmos para identificá-las precocemente; dessa forma, estaremos aptos a minimizar e controlar seus efeitos, além de prestar cuidados e monitorar clinicamente os pacientes”, comentou.
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Por Júlio César
Texto originalmente publicado em UFMA