UFG – Pesquisadores debatem função da educação em contexto de desinformação e de ataques à democracia

Movimento antivacina; negacionismo climático; desconhecimento quanto à função das universidades; nas Jornadas Pela Democracia, educadores, cientistas e estudantes pensam soluções a estes problemas.

No início da pandemia, o Pew Research Center, um centro de pesquisa estadunidense, publicou um estudo sobre os níveis de confiança na ciência, comparando os resultados entre 20 países do mundo. Deste total, o Brasil foi considerado a nação que menos confia em sua produção científica. Comparativamente, 36% da população brasileira disse confiar pouco ou nada nos cientistas, enquanto apenas 23% acreditam muito naqueles que produzem ciência.

O negacionismo científico – que leva, por exemplo, ao movimento antivacina ou à negação dos riscos das mudanças climáticas – será um dos focos do debate entre educadores, pesquisadores e estudantes em evento interinstitucional realizado em Goiânia. Os debatedores comporão a mesa-redonda Luta ideológica – Educação e Ciência, mediada pela reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Angelita Pereira de Lima. O encontro vai ocorrer na noite de terça-feira (3/10), a partir das 19h, na sede do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato).

Participantes
Participam do debate o ex-reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, e o presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro. Soma-se aos dois, nos esforços de compreensão acerca dos desafios enfrentados no cenário educacional, a pesquisadora e professora na Universidade de Brasília (UnB) Catarina de Almeida. Além dela, a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Manuella Mirella, representará os discentes.

Sem ciência, sem saúde
Os debatedores irão demonstrar os riscos dos ataques às universidades, bem como as falácias de que tais instituições estariam cooptadas por um único viés ideológico. Segundo eles, a negação da ciência resvala ainda em riscos cotidianos, tais como a queda vertiginosa da vacinação – que chegou a atingir índices de 59%, em 2021, enquanto o preconizado pelo Ministério da Saúde é de 95%, levando à possibilidade do retorno de doenças perigosas e já erradicadas, como a poliomielite.

Esforço conjunto
A mesa-redonda integra a programação do primeiro dia das Jornadas pela Prevalência das Ideias Democráticas e Progressistas. A ideia é fazer de Goiânia um centro de discussão entre atores políticos, intelectuais, pesquisadores e lideranças ligadas às causas democráticas. O intento é o de se pensar a construção de estratégias de diálogo que possam promover o fortalecimento da educação, da ciência e da democracia brasileiras.

São oito instituições promotoras da ação: A Universidade Federal de Goiás (UFG); o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato); o Instituto Federal Goiano (IF Goiano); o Instituto Federal de Goiás (IF Goiás); a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás); o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) e as universidades federais de Catalão (UFCat) e Jataí (UFJ).

Serviço
Jornadas pela Prevalência das Ideias Democráticas e Progressistas
Mesa-redonda: Luta ideológica – Educação e Ciência
Data e horário: 3/10, terça-feira, às 19h
Local: Auditório do Adufg-Sindicato
Endereço: 9ª Avenida, 193 – Leste Vila Nova, Goiânia – GO, 74643-080

Expositores: Edward Madureira Brasil (ex-reitor da UFG); Ildeu de Castro (presidente de honra SBPC); Catarina de Almeida (professora e pesquisadora UnB); e Manuella Mirella (presidenta da UNE)
Moderação: Angelita Lima, reitora da UFG

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