CEFET-MG – Estudo reforça a importância da higienização das mãos e superfícies

A pesquisa “Análise microbiológica de superfícies na unidade Contagem do CEFET-MG” conquistou o primeiro lugar em mostra científica.

A olho nu, não é possível vê-los. Os microrganismos ou micróbios são visíveis apenas com o auxílio de um microscópio, mas eles estão presentes em diversos espaços e lugares e muitos deles podem transmitir doenças ao ser humano.

Buscando identificar as regiões do campus Contagem com maior atividade microbiana e com maior potencial para contaminação, a professora Elayne Cristina Machado e os estudantes do campus Contagem Julia Emanuelle Noronha, Marina Araújo e Pedro Augusto Martins desenvolveram a pesquisa “Análise microbiológica de superfícies na unidade Contagem do CEFET-MG”. “A motivação era atentar e educar os estudantes em relação à presença dos microrganismos nos mais diversos espaços e sobre a importância de uma higienização adequada tanto das mãos quanto das superfícies”, destaca Elayne.

O trabalho foi dividido em quatro momentos: 1) foi realizado um questionário com os alunos sobre quais superfícies do campus eles realizam maior contato; 2) foram coletadas amostras das superfícies com auxílio de um swab (cotonete estéril utilizado para coletas e transporte múltiplo de materiais biológicos); 3) plaqueamento com meios de cultivo específicos e levado à estufa por 24h; 4) identificação feita a partir da coloração de Gram (método de coloração que permite que bactérias sejam visualizadas no microscópio) e a análise microscópica, juntamente com a quantificação do número de colônias.

Segundo a professora, foram obtidos uma série de resultados, como a presença de Staphylococcusaureus (bactéria encontrada na pele e nas fossas nasais de pessoas saudáveis; pode provocar doenças, que vão desde uma simples infecção até infecções graves) em algumas superfícies, a totalidade das colônias analisadas sendo Gram positivas e a identificação das mesas do restaurante e dos botões do elevador como as regiões com maior atividade microbiana.

Para Júlia, a pesquisa é importante em diversos aspectos, mas principalmente quando se trata da conscientização da higiene das mãos. “A presença de microrganismos não é sinônimo de contaminação, mas ainda é importante se atentar às superfícies que mantemos contato no dia a dia, pois não temos controle dos organismos que estão presentes nelas. O hábito de lavar as mãos precisa estar mais presente em nossas vidas, a pandemia ilustrou bem a importância dessa prática”, afirma.

Marina e Pedro reforçam também a importância da sensibilização e do conhecimento de toda a comunidade do campus sobre a existência de microrganismos em diversos espaços, particularmente em superfícies de contato frequente. “A importância da nossa pesquisa é a disseminação de conhecimento para toda a comunidade do nosso campus sobre a presença dos microrganismos nos mais diversos espaços, principalmente nas superfícies que entramos em contato constantemente”, afirma Pedro.

Meta

A pesquisa conquistou o primeiro lugar na Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações (Meta) realizada pelo CEFET-MG anualmente. Premiação gratificante para os membros do grupo, “uma vez que o projeto foi extremamente proveitoso tanto para os conhecimentos acadêmicos dos alunos, quanto para a comunidade do campus Contagem que passou a entender melhor a relação do ser humano com os microrganismos. Não há motivos para preocupação, mas sim de alerta, pois as superfícies estão expostas a qualquer tipo de agente microscópico, daí a necessidade de uma correta, frequente e adequada higienização das mãos”, reforça Elayne.

Para Pedro não é só o ótimo resultado na Meta que foi satisfatório. “Nossa pesquisa trouxe uma série de conquistas para nós, como o conhecimento adquirido durante todo o percorrer do projeto. Definitivamente o que mais nos empolgou durante toda realização foram as práticas laboratoriais que realizamos durante a pesquisa, uma vez que a própria unidade e nossa orientadora ofereceram as condições para que isso fosse possível”, conclui.

Júlia viu a execução da pesquisa como oportunidade de aproveitar os recursos que o CEFET-MG fornece para seus alunos; “me auxiliou muito na sintetização da matéria do técnico e até mesmo na autoconfiança, já que as apresentações me exigiam isso”.

A autonomia que a professora proporcionou para a utilização do laboratório fez diferença para os estudantes.“Senti-me mais preparada para um futuro estágio e até mesmo para futuras aulas da faculdade já que planejo seguir na área do curso de controle ambiental”, diz Júlia.

“Essa experiência me trouxe mais autoconfiança e me despertou vontade de seguir na área de laboratório e pesquisa. Em geral, foi uma experiência muito significativa tanto em questões pessoais como acadêmicas, e sou grata a instituição por proporcionar essa oportunidade”, afirma Marina.

Fonte: Portal CEFET-MG