Conselho Pleno da Andifes avalia situação de hospitais universitários e implementação de emissoras de rádio e TV pelas universidades federais

O Conselho Pleno da Andifes se reuniu na quinta-feira, 25 de abril, na sede da entidade, em Brasília. Como primeiro ponto da pauta, os reitores e reitoras das universidades federais receberam Arthur Chioro, presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), no decorrer da 166ª Reunião Extraordinária do Conselho Pleno da Andifes.

Reitores e reitoras recebem Arthur Chioro, presidente da Ebserh, na 166ª Reunião Extraordinária do Conselho Pleno da Andifes – crédito: Divulgação

Vinculada ao MEC, a estatal gerencia 41 hospitais universitários. Ao todo, o Brasil possui 51 hospitais universitários vinculados a 36 universidades federais, formando a maior rede de atendimento público a serviço do Sistema Único de Saúde (SUS).

Sob a mediação da presidente da Andifes, reitora Márcia Abrahão Moura (UnB), Chioro saudou os novos reitores e afirmou que o governo pretende fortalecer e ampliar a rede de hospitais universitários, a partir de recursos do programa de aceleração do crescimento (PAC), na tentativa de melhorar o atendimento à saúde pública.

Arthur Chioro traça cenário para hospitais universitários – crédito: Divulgação

Chioro destacou o potencial desses hospitais que, segundo afirmou, atendem hoje 5 milhões de usuários, realizam 329 mil internações e contam com 8,5 mil leitos. “Hoje estamos presentes em 24 unidades da federação e, por uma decisão política, vamos levar os serviços também para o Acre e Roraima, ficando somente Rondônia para qual já vemos desenvolvendo tratativas”, acrescentou.

A proposta do dirigente da estatal é de consolidar a Ebserh como uma rede de hospitais universitários de excelência do SUS. “Que faça assistência de qualidade, que forme profissionais com qualidade e compromisso e que produza pesquisa a partir das necessidades que o país tem no campo da produção do conhecimento”, complementou. 

Maíra Bittencourt e Octavio Pieranti falam sobre implementação de emissoras de rádio e TV pelas universidades federais – crédito: Divulgação

O Conselho Pleno da Andifes também avaliou a situação da implementação de emissoras de rádio e TV pelas universidades federais. Para esse ponto de pauta, os dirigentes receberam a diretora-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Maíra Bittencourt, e o assessor da Secretaria de Políticas Digitais (SPDigi), da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Octavio Pieranti.

Octavio Pieranti falou sobre os pedidos em andamento e informou que cerca de 60 instituições de ensino assinaram, recentemente, acordos de cooperação com a EBC, totalizando 155 novos canais. Desses, 72 foram solicitados pelas universidades federais. Hoje a rede é formada por 42 TVs universitárias e 48 rádios.

Os números solicitados, porém, são considerados desafiadores diante da carência orçamentárias, na avaliação de Maíra Bittencourt.

“A questão orçamentária não permite que todos coloquem (os canais) em funcionamento logo após receberem a consignação. Estamos dialogando sobre como viabilizar isso e tentando construir a partir das múltiplas realidades”, explicou.

Dessa forma, a prioridade vem sendo dada às instituições que têm recursos, sejam recursos próprios, de emenda parlamentar ou outros.    

Empreendedorismo

Presidente da Brasil Júnior, Elias Gabriel, aponta avanço do empreendedorismo acadêmico – crédito: Divulgação

O Conselho Pleno da Andifes também recebeu o presidente da Brasil Júnior, o universitário Elias Gabriel, formado em Gestão de Políticas Públicas pela UFRN. Ele traçou um panorama da empresa que estimula o empreendedorismo a estudantes de graduação.

A empresa representa hoje 30 mil estudantes de mais de 300 instituições de ensino superior espalhadas pelo País, o que, no entendimento do empreendedor, potencializa o Movimento Empresa Júnior como agente de formação de lideranças empreendedoras.

“É um privilégio o jovem entrar no ensino superior e, igualmente, é um privilégio o jovem entrar no Movimento Empresa Júnior, um movimento voluntário. Queremos, pouco a pouco, de forma institucional, fazer com que cada vez mais jovens tenham essa oportunidade”, destacou.

Por fim, o presidente da Brasil Júnior disse que a empresa reúne 29 mil empresários juniores, totalizando 1,5 mil empresas, que faturaram quase R$ 100 milhões no ano passado. Os valores são reinvestidos na educação empreendedora. “Todo valor que vem do impacto no mercado é reinvestido em educação empreendedora. Com isso, capacitamos, cada vez mais, alunos para que possam se qualificar fazendo com que o conhecimento adquirido, em sala de aula, possa ter impacto na sociedade”, concluiu.