“Horta educativa: um espaço para criar 2024” promove uma oportunidade de acolhimento e convivência para indivíduos e famílias que perderam suas casas nas enchentes. As hortas são executadas, na prática, por alunos do ensino fundamental.

Com o objetivo de promover acolhimento e convivência para indivíduos e famílias que perderam suas casas nas enchentes, o Projeto de Extensão “Horta educativa: um espaço para criar 2024” está estabelecendo hortas escolares em áreas de Porto Alegre e Região Metropolitana atingidas pelas águas.

O projeto foi idealizado a partir do programa Agricultura urbana: promoção socioeconômica e de segurança alimentar, que já conta com mais de uma década de existência. “Horta educativa: um espaço para criar 2024” nasceu da demanda de escolas para que estudantes e docentes da Faculdade de Agronomia auxiliassem na implantação e manutenção de hortas, além de promover ações de educação ambiental em escolas públicas de Porto Alegre e da Região Metropolitana.

As hortas são executadas, na prática, por alunos do ensino fundamental que participam do projeto. Para isso, as crianças recebem orientações de estudantes bolsistas e docentes da Faculdade de Agronomia, que realizam, também, o monitoramento constante das hortas.

De acordo com o coordenador do projeto e professor de Agronomia da UFRGS André Strassburger, as hortas escolares funcionam como um laboratório vivo, em que diversos conteúdos podem ser ensinados e integrados ao currículo escolar. “Uma horta escolar é um espaço que promove maior interação dos alunos do ensino fundamental com a escola e, no nosso caso, com a universidade. Nesse ambiente, os alunos podem conviver, aprender e explorar diversas temáticas, como alimentação saudável, educação ambiental e produção de alimentos, especialmente hortaliças. Além disso, desenvolvem habilidades práticas e sociais”, comenta.

Atualmente, o projeto está com ações em andamento de uma horta escolar na EEEF Oswaldo Vergara, localizada no Bairro Humaitá. A horta passou por três eventos extremos desde que iniciaram-se os trabalhos, o que acaba dificultando a manutenção da horta, mas não o trabalho com os estudantes, visto que foram realizadas oficinas.

As oficinas são organizadas e planejadas para compartilhar conhecimentos teóricos sobre temas relevantes para os participantes e permitir a aplicação prática dessas informações. Entre os tópicos já abordados na Escola Oswaldo Vergara, em formato de oficina, destacam-se: como fazer compostagem, como iniciar uma horta, o que cultivar e como cuidar da horta.

Com a participação de docentes e estudantes de graduação e pós-graduação da UFRGS, o projeto está em contato com escolas da Região Metropolitana interessadas em instalar ou aprimorar hortas escolares. Os contatos iniciais são realizados por meio de indicações de representantes da comunidade interessada. Após esses contatos, um cronograma de ações é definido conjuntamente entre os representantes das escolas e da UFRGS. Além disso, o projeto busca firmar parcerias com o setor público e privado para obter uma ampliação para outras escolas, uma vez que a demanda por ações do projeto tem sido crescente.

Além de ser uma prática importante para o ensino e currículo escolar, as crianças criam uma memória afetiva e pessoal com a colheita das hortas. Nas palavras de André, “a empolgação dos alunos ao colherem seus próprios alimentos, após um período de cuidados e cultivo, é evidente, tornando a horta um espaço vital para a produção e distribuição de alimentos.”

Texto: Isadora Piacentini / Divulgação Prorext

Fonte: UFRGS