Andifes participa da 5ª CNCTI e destaca papel das universidades federais no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, anunciado pelo presidente Lula

Proposta propõe aumento da capacidade do supercomputador Santos Dumont – parceiro da Andifes por meio de várias universidades federais, que deverá ser o 5º mais potente do mundo.

Reitora Sandra Regina Goulart Almeida (UFMG) representa Andifes no lançamento do PBIA, com participação do presidente Lula, na 5ª CNCTI – foto: Ascom-Andifes

A Andifes, representada pela vice-presidente Sandra Regina Goulart Almeida (UFMG), participou do lançamento do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), com a participação do presidente Lula, na abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI), na terça-feira, 30, no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília.

Na cerimônia, o presidente recebeu a proposta de criação do PBIA, para o qual anunciou investimentos de R$ 23 bilhões nos próximos quatro anos.

A proposta inicial do documento, que conta com importante participação das universidades federais, foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), que reúne mais de 300 membros de 117 instituições públicas, privadas e da sociedade civil. A reitora da UFMG representou a Andifes como membro do CCT.

“Tivemos a oportunidade de entregar ao presidente Lula o Plano Nacional de Inteligência Artificial do Brasil, que foi concebido com a participação da Andifes por meio do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. Esse é um dia muito importante para a ciência brasileira e também para as nossas universidades”, avalia a reitora.

A proposta propõe, por exemplo, o aumento da capacidade do supercomputador Santos Dumont – parceiro da Andifes por meio de várias universidades federais, que deverá ser o quinto mais potente do mundo e que será abastecido por energias renováveis.

Segundo a reitora, o PBIA incentiva o desenvolvimento de modelos avançados de linguagem em português, garantindo a autonomia e soberania cultural, social e linguística do Brasil.

“O plano pretende garantir inteligência artificial inclusiva, para benefício de todos, e voltada para formação, capacitação e a geração de renda da população”, destaca a vice-presidente da Andifes.

Papel das universidades na elaboração do PBIA

Reitor Dácio Roberto Matheus (UFABC) destaca participação das universidades federais na elaboração do documento que deu origem ao PBIA – foto: Ascom-Andifes

O presidente da Comissão de Ciência & Tecnologia e Empreendedorismo da Andifes, o reitor Dácio Roberto Matheus, da Universidade Federal do ABC (UFABC), de Santo André, São Paulo, um dos representantes da Andifes no CCT, destaca a importante participação das universidades federais na elaboração do PBIA.

Para ele, o PBIA é um programa “robusto e realista” que poderá contribuir com o desenvolvimento do país.

“A Andifes e as universidades federais tiveram uma participação importante na elaboração desse plano. Foram, pelo menos, quatro momentos em que estivemos presentes na produção do documento”, destaca o reitor.

Segundo o reitor, o primeiro debate no âmbito do plano de inteligência artificial ocorreu durante a conferência preparatória dentro do contexto da 5ª CNCTI, realizada pela UFABC em Santo André.

“Reunimos vários especialistas, discutimos o tema e produzimos uma série de recomendações. Na sequência, fomos demandados pela Comissão Nacional de Ciência e Tecnologia para nos manifestarmos sobre o plano de inteligência artificial”, acrescentou.

Em outra etapa, a Andifes pediu aos especialistas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) um parecer referente às principais recomendações para a elaboração desse plano.

“Fizemos ainda, recentemente, um seminário na Andifes, onde tivemos mais uma oportunidade de discutir a inteligência artificial preditiva e IA generativa e daí produzimos uma série de recomendações e, agora, tivemos a grata satisfação de ver todos esses comentários e elementos incorporados ao plano”, conclui.