Andifes reforça disposição de ampliar a cooperação internacional entre universidades brasileiras e russas

Durante fala no Fórum de Reitores de Universidades do Brics, nesta quinta-feira (17), o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes, reitor José Daniel Diniz Melo (UFRN), destacou o potencial das universidades federais brasileiras para a cooperação internacional, na produção científica conjunta e em outras dimensões acadêmicas, como na oferta de programas de mobilidade.

Reitoras e reitores brasileiros estão em Moscou desde segunda-feira (14), em Missão organizada pela Andifes a convite da Embaixada do Brasil na Rússia. A programação conta com a participação de representantes do Governo Brasileiro e de instituições parceiras.

“Temos tido uma experiência produtiva e motivadora. Tem nos impressionado o potencial de cooperação entre as nossas instituições. Assinamos um memorando que cria a liga de universidades do Brasil, Rússia e Bielorrússia. Estamos abertos e interessados em iniciativas como essa com todos os países do Brics”, afirmou o presidente da Andifes.

O reitor destacou que as universidades públicas brasileiras – incluindo federais, estaduais e municipais respondem por mais de 90% de toda produção científica do país, além de proporcionarem a formação de profissionais qualificados, produzirem pesquisas e desenvolverem tecnologias que fomentam o crescimento do Brasil, auxiliando de forma decisiva a superação das desigualdades sociais e regionais.

O presidente da Andifes também reforçou o desejo e a disposição da Andifes de ampliar as cooperações com instituições internacionais. “As nossas instituições têm um grande potencial de cooperação internacional, na produção científica conjunta e em tantas outras dimensões acadêmicas, como na oferta de programas de mobilidade. E, considerando as boas relações entre os países aqui representados e entre os nossos povos, a aproximação e cooperação entre nossas instituições podem ser ampliadas e fortalecidas. Nos une a crença na educação como pilar de sustentação inestimável para nossos países, como direito de todos e responsabilidade dos Estados”, declarou.

Conforme lembrou o reitor, a 11ª Declaração dos Ministros de Educação dos BRICS, adotada em junho deste ano, chama a atenção para a importância da cooperação acadêmica para fortalecer as conexões entre os países dos BRICS e insta os integrantes a alavancarem suas respectivas habilidades para desenvolverem mecanismos para promover a colaboração acadêmica.

“Neste sentido, além da colaboração científica, expresso entusiasmo por a proposta de um fundo para apoiar programas de incentivo à mobilidade estudantil para universidades dos países do Brics. Eventualmente poderíamos explorar a possibilidade de criar meios para o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS – The New Development Bank – auxiliar em projetos de cooperação acadêmica e científica entre os países do agrupamento. Estamos, portanto, muito motivados com esse Fórum de Reitores das universidades dos países do Brics e com a possibilidade de estreitar as nossas relações acadêmicas”, incentivou o presidente da Andifes.

Ao lembrar que o Brasil estará na presidência dos BRICS em 2025, o reitor José Daniel afirmou que seria muito bom para as instituições brasileiras se o encontro ocorrer no país no próximo ano. “Que possamos seguir trabalhando para estreitar os laços entre nossas instituições e entre nossos países, prezando sempre por cooperações que sejam horizontais, solidárias e recíprocas, e preservando os laços de amizade entre os nossos países e nossos povos”, concluiu.