O aplicativo desenvolvido pelos estudantes Juan Pablo Avelar, Anna Luisa Ferreira Costa e Leonardo Araújo Resende Aguiar despertou o interesse de escolas, terapeutas e psicólogos e venceu a categoria Saúde da 12ª edição do Campus Mobile.
O prêmio foi concedido devido ao projeto FaceLita, um aplicativo voltado para crianças com Transtorno de Espectro Autista (TEA) que sofrem de alexitimia, ou seja, que têm dificuldade em identificar ou expressar emoções e/ou sensações. Em formato de game, o aplicativo foi idealizado para ser um instrumento de apoio aos pais e profissionais de saúde na condução do tratamento dessas crianças que, enquanto jogam e interagem com histórias, vão aprendendo a manifestar suas emoções e associá-las a expressões faciais.“O FaceLita abre novas perspectivas de comunicação e desenvolvimento para as crianças autistas. Ver os resultados positivos tanto para elas quanto para os profissionais e pais é extremamente gratificante. Esse é um caminho que desejamos continuar aprimorando e expandindo a solução, sempre com o objetivo de melhorar a qualidade de vida através da tecnologia”.
De acordo com Anna Luisa, a equipe nunca pensou que chegaria tão longe com o projeto, que, no Vale do Silício, foi apresentado na empresa aceleradora Plug and Play. “Fomos muito bem recebidos e obtivemos a melhor pontuação entre os projetos vencedores das seis categorias do Campus Mobile que foram apresentados em inglês, no formato de pitches, para representantes da empresa, de quem receberam dicas preciosas. A estudante avalia a viagem como “uma experiência inesquecível”, que incluiu também visitas às universidades Stanford e Berkeley.
Apoio e trajetória
A equipe vencedora no Campus Mobile foi uma das participantes do programa de extensão MinasCoders, coordenado pelas professoras Gláucia Braga e Silva, Thaís Regina de Moura Braga Silva e Maria Amélia Lopes Silva. Por meio de um dos subgrupos do programa, o FullStackMinas, os estudantes participam de treinamentos para competições de empreendedorismo e tecnologia. Na edição 2023-2024, houve palestras e mentorias técnicas oferecidas pela empresa Cinnecta part of Matera, parceira do programa.
O apoio do MinasCoders e de suas ações é ressaltado pelos integrantes da equipe que, durante a competição, contou com mentores que auxiliaram em todo o processo de desenvolvimento do projeto. Eles também destacam a colaboração de professores e colegas da UFV e de psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, que os ajudaram com informações importantes para a validação do aplicativo.
Vale destacar que, em 2023, além da equipe campeã, outras 12 do campus Florestal, também integrantes do MinasCoders, submeteram projetos na terceira etapa do Campus Mobile, sendo nove classificadas. Ao todo, 20 alunos, a maioria do curso de Ciência da Computação, participaram dessa terceira etapa, que correspondeu a uma semana imersiva na cidade de São Paulo, para onde foram com o apoio da Diretoria de Extensão e Cultura do campus.
Ao final dessa semana, os projetos foram apresentados para uma banca de avaliação que escolheu os três melhores de cada categoria, dois deles da UFV-Florestal: Estilo Seu, na categoria Entretenimento, e FaceLita, na Saúde. Ambos passaram para a quarta etapa, correspondente à finalização dos protótipos. Os nomes dos vencedores foram anunciados em maio de 2024 e o aplicativo FaceLita estava entre eles. Além da viagem de imersão para a Califórnia, a equipe também recebeu uma premiação em dinheiro.
Fonte: Andifes, com informações da UFV-Florestal