Durante a visita, os pesquisadores conheceram o acervo de ictiologia e biologia da UNIR, e discutiram parcerias

Pesquisadores de instituições da União Europeia e dos Estados Unidos visitaram, no último dia 11, as Coleções Biológicas da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), em Porto Velho. A atividade integra o Projeto Forest Fisher, que é conduzido pelo Laboratório de Ictiologia e Pesca da UNIR (LIP) em parceria com a Ecoporé e financiado por instituições colaborativas como a Technical University of Munich (TUM), o Institut de Recherche pour le Développement (IRD) e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
O Projeto Forest Fisher estuda a relação entre desmatamento e peixes frugívoros (que se alimentam de frutos) para definir áreas prioritárias de conservação e restauração no Rio Madeira, fortalecendo a resiliência socioecológica da bacia.
Durante a visita, os pesquisadores conheceram o acervo da UNIR, que inclui a terceira maior coleção de peixes da Amazônia, com mais de 1.000 espécies que representam o maior inventário de bacias hidrográficas do mundo.
Para a professora Carolina Dória, coordenadora do LIP, a visita destacou a importância da internacionalização da UNIR. “Mostra como a troca de conhecimento entre pesquisadores de diferentes países fortalece o desenvolvimento científico e a formação de jovens na Amazônia. O futuro da região depende do avanço científico das pessoas que vivem aqui”, afirmou.
Além do LIP, os visitantes conheceram o prédio das Coleções Biológicas, que guarda exemplares de mamíferos, répteis, aves e insetos. Participaram da recepção os professores Mariluce Messias, curadora da coleção de mastofauna, Maria Áurea da Silveira e Paulo Villela, ambos responsáveis pela coleção de entomofauna.
A visita também abriu possibilidades de novas colaborações, envolvendo os Programas de Pós-Graduação Bionorte e PPGREN. Para o pesquisador Edivando Couto, da TUM, a parceria é essencial. “A pesquisa é indispensável para conectar a ciência às demandas reais da sociedade. A UNIR oferece infraestrutura e profissionais qualificados que potencializam soluções inovadoras com impacto social e econômico”, destacou.
De acordo com a coordenadora do Forest Fisher, o projeto destaca o papel da UNIR como centro de ensino, pesquisa e extensão na Amazônia, fortalecendo a produção científica e as redes de cooperação que visam à conservação da biodiversidade e ao uso sustentável dos recursos naturais.