A Universidade Federal de Alagoas participou de mais uma edição do Programa Futuras Cientistas. Desta vez, são seis mulheres e meninas participando de diversas atividades de pesquisa. Elas foram selecionadas, após concorrerem em âmbito nacional, e participam do projeto do Grupo de Catálise e Reatividade Química (GCAR), do Instituto de Química e Biotecnologia (IQB), que também foi aprovado pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene).

Com esse programa pretende-se despertar o interesse vocacional de meninas pela carreira científico-tecnológica, promovendo a participação delas em um trabalho na área de Química. Foram três alunas do 2° ano do ensino médio contempladas e duas professoras da rede pública de Alagoas.
“O Programa visa à inclusão de mulheres nessa área que precisa muito do olhar feminino, da resolução feminina de certos problemas e, junto com o público masculino, resolver os desafios cada vez maiores da nossa sociedade. As professoras vão garantir essa semente plantada, e que ela germine, floresça para a continuidade do programa, da visão, do pensamento de inclusão de mulheres nessas áreas mais duras da ciência”, destacou a professora Simoni Meneghetti, integrante do GCAR.
Durante o mês de janeiro as selecionadas estiveram na imersão nos laboratórios, trabalhando no projeto intitulado Mundo da Oleoquímica: do laboratório ao dia a dia. “É um projeto incrível porque ensina bastante e pode dar um futuro. Eu tenho interesse em farmácia e saber que eu já estou trabalhando em um laboratório com várias profissionais incríveis, me incentiva bastante”, comentou a estudante Maria Eduarda.
Quem também ficou entusiasmada com a ideia de ser futura cristista foi a aluna Clévia, do Colégio Floriano Peixoto, que esse ano deve escolher qual profissão vai seguir. “Eu sei que [a experiência] vai me ajudar bastante com meus estudos. Pude ter acesso aos materiais, aos instrumentos, laboratórios… Acho que isso aumentou um pouco a minha vontade de estudar a área de química ou física”, disse.
Após o período de práticas, o pesquisador-orientador envia um relatório de avaliação do projeto de pesquisa desenvolvido pelas estudantes e professoras. Na seleção realizada pela coordenação geral do Programa, em âmbito nacional, foram ofertadas vagas para ampla concorrência; mulheres pretas, pardas, indígenas (PPIs) e quilombolas; trans e travestis; e candidatas PCD.
A equipe do GCAR é composta pelos professores Janaína Heberle Bortoluzzi, coordenadora do projeto nessa edição; Mario Roberto Meneghetti, Simoni Margareti Plentz Meneghetti e Andréa Pires Fernandes. Além dos professores do grupo, uma equipe de monitores, composta por alunos de graduação e pós-graduação do GCAR, participaram ativamente de todas as atividades.
O Programa
Criado pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) e coordenado pela professora Giovanna Machado, o programa iniciou nos estados de Pernambuco, Paraíba e Sergipe, foi vencedor do Prêmio LED – Luz na Educação e, na edição de 2025, contemplou todos os Estados e o Distrito Federal.
Foram 90 projetos inscritos em todo o Brasil com a oferta de 470 vagas. As estudantes recebem uma bolsa auxílio no valor de R$ 600,00 e um kit de insumos básicos para desenvolver as atividades científicas nos laboratórios. De acordo com os organizadores da iniciativa, em dez anos de existência, cerca de 70% das participantes foram aprovadas no vestibular e 80% escolheram cursos nas áreas de ciências e tecnologia.





Fonte: Manuella Soares – jornalista / Fotos Renner Boldrino – Ufal