Nesse mês de março, as universidades federais conhecidas como “supernovas” celebram sete anos de existência, marcando um importante capítulo na interiorização do ensino superior no Brasil. Criadas em 2018 a partir da reestruturação de grandes instituições de ensino, essas universidades desempenham um papel fundamental na expansão do acesso à educação e no fomento ao desenvolvimento de regiões antes negligenciadas.
Para comemorar a data, a Comissão de Educação do Senado Federal realizou, na última quarta-feira (26), uma audiência pública que reuniu reitores e reitoras dessas universidades, em uma iniciativa do senador Wellington Fagundes (PL/MT). Durante o evento, os líderes acadêmicos compartilharam um balanço dos avanços alcançados e dos desafios persistentes ao longo desses sete anos.
Na audiência, os reitores das universidades “supernovas” destacaram as conquistas nos últimos anos. Entre os principais avanços estão a melhora nas avaliações institucionais, com a obtenção de notas máximas nos recredenciamentos, e a implementação de projetos inovadores voltados para a acessibilidade e inclusão social. A vice-presidente da Andifes, Roselma Lucchese (UFCAT), enfatizou que essas universidades foram concebidas para atender às peculiaridades culturais, ambientais e sociais das regiões onde estão localizadas, promovendo profundas transformações nessas comunidades.
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Apesar dos significativos avanços, os desafios enfrentados pelas universidades ainda são consideráveis. Os reitores mencionaram dificuldades em áreas como infraestrutura física, garantia de financiamento contínuo e a necessidade de expandir o quadro de docentes e técnicos administrativos. Atualmente, as universidades estão distribuídas por três regiões do país: no Centro-Oeste, encontram-se a Universidade Federal de Rondonópolis, a Universidade Federal de Jataí e a Universidade Federal de Catalão; no Nordeste, a Universidade Federal do Delta do Parnaíba e a Universidade Federal do Agreste de Pernambuco; e, no Norte, a Universidade Federal do Norte do Tocantins.
Esses desafios, porém, não diminuem o impacto positivo que as universidades “supernovas” têm gerado, sendo uma força transformadora para as regiões em que atuam e para o cenário educacional brasileiro como um todo.