Só em 2024, mais de 66 mil pessoas desapareceram no Brasil; maioria são crianças e adolescentes. Observatório reúne 17 pesquisadores de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.
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O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e a Universidade de Brasília (UnB) lançaram, na manhã desta sexta-feira (28), o Observatório de Desaparecimento de Pessoas no Brasil (Obdes).
Só em 2024, mais de 66 mil pessoas desapareceram no Brasil, segundo dados do Ministério da Justiça. A maioria dos desaparecidos são crianças e adolescentes – o equivalente a 20 mil pessoas com até 17 anos. No mesmo período, 43,5 mil vítimas foram recuperadas.
O Observatório reúne 17 pesquisadores de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo o MDHC, as atividades de pesquisa terão duração de, pelo menos, um ano. O objetivo é investigar as circunstâncias, dinâmicas e causas do desaparecimento de pessoas em diferentes regiões do Brasil.
Ainda conforme o ministério, o Observatório soma-se à Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas. O objetivo é aprimorar o conhecimento sobre o desaparecimento de pessoas no país de forma “que orientem a adoção de estratégias e ações rápidas e eficazes de combate”.
Além de crianças e adolescentes, conforme levantamento do Ministério da Justiça, também se destacam no número de desaparecidos outros grupos vulneráveis:
- indígenas;
- idosos;
- pessoas em situação de rua;
- comunidade LGBTQIA+;
- jovens negros que vivem nas periferias das cidades brasileiras.
Ao g1, Bruna Martins Costa, diretora substituta de Defesa dos Direitos Humanos e coordenadora do Comitê Gestor da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas do MDHC, explicou que há a compreensão no país de que o desaparecimento não é um fenômeno atual.
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Por Bruna Yamaguti, g1 DF