É a quarta universidade pública do estado de São Paulo a aprovar esse tipo de política inclusiva.
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A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) aprovou, nesta sexta-feira (25), a política de cotas para pessoas trans e travestis nos cursos de graduação. É a quarta universidade pública do estado de São Paulo a aprovar esse tipo de cota. A Unifesp, UFABC e a Unicamp já têm cotas desse tipo.
A UFSCar tem processo seletivo feito através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A universidade informou que terá uma vaga a mais reservada para trans e travestis em cada um dos 68 cursos de graduação presenciais, mas ainda não foram divulgados detalhes de como será o processo e a partir de quando será implantado.
Atualmente, a UFSCar tem mais de 12 mil alunos em quatro campi: São Carlos, Sorocaba, Araras e Buri.
Aprovação pelo Consuni
A aprovação já tinha ocorrido por unanimidade no Conselho de Graduação (CoG) e seguiu para o Conselho Universitário (Consuni). A votação aconteceu no Anfiteatro da Reitoria e a aprovação aconteceu por aclamação, que é quando os votantes se manifestam por meio de aplausos ou gritos.
A política é fruto de um processo coletivo e comprometido, elaborado pelo Coletivo de pessoas trans e travestis da UFSCar (GT Cotas Trans), iniciativa do GT Transformar, da SAAED e da ProGrad — com base em estudos, escuta e diálogo com outras universidades.
Veja o comunicado da UFSCar na íntegra:
Nesta sexta-feira, 25 de abril, a UFSCar deu mais um passo importante no aprimoramento de suas políticas de ações afirmativas. Por aclamação, o Conselho Universitário (ConsUni) aprovou a Política de Acesso e Permanência das Pessoas Trans na Graduação da UFSCar, que disponibilizará uma vaga supranumerária para pessoas trans em cada um dos cursos de graduação presenciais da Universidade.
A Instituição compreende as políticas de ações afirmativas como uma forma de reparar desigualdades sociais ainda presentes na sociedade e tem como valor fundamental a promoção da acessibilidade, da inclusão, da permanência e, assim, da equidade social.
”Hoje aprovamos uma política que trará mudanças importantes para uma população que é sistematicamente marginalizada. Sabemos que a luta por respeito e reconhecimento da comunidade LGBTQIA+ é diária e constante, especialmente no país que mais mata pessoas trans no mundo. Fortalecer essa luta faz parte de nosso compromisso social como universidade pública, gratuita, de qualidade e para todas as pessoas”, comentou a Reitora Ana Beatriz de Oliveira ao analisar a decisão do ConsUni.https://www.instagram.com/p/DI4jw5YJpPp/embed/captioned/?cr=1&v=12
Inclusão
A UFSCar foi uma das primeiras universidades do país a reservar vagas para grupos específicos, como estudantes de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas.
Por g1 São Carlos e Araraquara