São Luís (MA) – O Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), promoveu, no dia 1º de maio, um mutirão oftalmológico com a realização de 39 cirurgias. A ação foi direcionada a pacientes que aguardavam na fila de espera por tratamento cirúrgico de pterígio, catarata e transplante de córnea.

O mutirão faz parte do programa Ebserh em Ação: Mais Especialistas, uma parceria com o Ministério da Saúde para reduzir o tempo de espera da população por procedimentos assistenciais no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil. A iniciativa também visa fortalecer o Programa Mais Acesso à Especialistas (PMAE).

Fabrício Soares, pai do pequeno Lucas Brian, de dois anos, estava com grandes expectativas em relação ao transplante de córnea no olho esquerdo do filho. Após um trauma ocular decorrente de um acidente no parquinho, Lucas já havia passado por uma cirurgia na semana anterior e, graças ao mutirão, conseguiu dar continuidade ao tratamento. “A visão é algo muito importante para qualquer pessoa. Tenho esperança de que meu filho se recupere e consiga ficar com o olho bom novamente. Agradeço muito a oportunidade”, afirmou Fabrício.

O mutirão contou com a participação de médios oftalmologistas e anestesiologistas, equipe de enfermagem, residentes e profissionais de apoio. Na estrutura montada para a realização da ação, foram disponibilizados três centros cirúrgicos oftalmológicos, além de salas pré e pós-operatórias.

A ação faz parte de um cronograma contínuo de esforços do HU-UFMA/Ebserh para otimizar o atendimento cirúrgico e garantir mais acesso à saúde pública de qualidade. O gerente de Atenção à Saúde do HU-UFMA, Dyego Brito, destacou: “A ação contribuiu significativamente para reduzir o tempo de espera, minimizar complicações associadas à demora no atendimento e, sobretudo, melhorar a qualidade de vida dos usuários. Hoje, no Dia do Trabalho, estamos beneficiando essas pessoas com mais um mutirão do Ebserh em Ação. São cerca de 40 profissionais mobilizados por uma boa causa.”

O aposentado José de Ribamar dos Santos, de 67 anos, aguardava por uma cirurgia de catarata. Diabético, ele foi indicado para o procedimento como forma de prevenção a complicações. “Estou aqui para fazer uma cirurgia de catarata no olho direito. Estou feliz pela oportunidade de poder fazer logo. A prevenção na saúde é muito importante”, relatou.

Para o oftalmologista Bonifácio Barbosa Júnior, a iniciativa beneficia a população ao levar assistência de qualidade a quem mais precisa. “Essas ações são importantes porque conseguem atingir um grande número de pessoas em um curto espaço de tempo, levando qualidade de vida aos pacientes, sempre mantendo todos os padrões de segurança para que possamos atingir nosso objetivo da melhor forma possível”, destacou.

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Bonifácio explicou que o pterígio é o crescimento de tecido fibrovascular da conjuntiva — a membrana transparente que cobre a parte branca do olho — que pode se estender até a córnea. Já a catarata é uma condição ocular em que a visão se torna opaca. O procedimento realizado foi a facoemulsificação com implante de lente intraocular dobrável, técnica cirúrgica mais comum para o tratamento da catarata.

Ele acrescentou que o transplante de córnea substitui uma córnea doente ou danificada por uma saudável, procedimento possível graças à doação de órgãos. “Tanto o pterígio quanto a catarata e as doenças da córnea levam a uma diminuição significativa da visão, sendo que, no caso das doenças da córnea, a perda pode evoluir para cegueira irreversível”, concluiu o oftalmologista.

Sobre a Ebserh

O HU-UFMA faz parte da Rede Ebserh desde 2013.  Vinculada ao MEC, a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação. 

Por Danielle Morais e Maria Carvalho, Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh