Nessa segunda-feira, 5, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) recebeu a visita de representantes do Ministério da Igualdade Racial (MIR), por meio do Secretário de Políticas e Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Tiago Santana, e da coordenadora geral de Justiça Racial do Ministério da Igualdade Racial e professora da UFMA, Kátia Regis.
A presença do Ministério da Igualdade Racial (MIR) ocorreu devido à celebração dos dez anos do curso de Licenciatura Interdisciplinar em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros (LIESAFRO) da UFMA. Os representantes do MIR foram recebidos pelo reitor da UFMA, Fernando Carvalho Silva, que, na ocasião, fortaleceu parcerias entre o Ministério e a Universidade.

“Recebemos a visita do secretário de Ações Afirmativas do Ministério da Igualdade Racial. Na ocasião, foram apresentados alguns projetos nos quais a Universidade pode colaborar, especialmente na área do uso de inteligência artificial no Observatório Amefricanidades mantido pelo Ministério e pela UFMA. Além disso, discutimos também possíveis parcerias com a nossa Diretoria de Diversidade, Inclusão e Ações Afirmativas, que vem realizando um trabalho voltado para a inclusão em nossa instituição”, pontuou o reitor da UFMA, Fernando Carvalho.
O secretário de Políticas e Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Tiago Santana, destaca o pioneirismo da UFMA em iniciativas de inclusão e combate ao racismo. “A Universidade Federal do Maranhão sai na frente nessa grande aliança que nós precisamos construir de combater o racismo, não só no Brasil, mas no nosso continente também. O momento de celebração de dez anos de uma tecnologia pioneira do curso de licenciatura de graduação para estudos africanos e afro-brasileiros reforça a necessidade de continuarmos uma luta muito aguerrida sobre igualdade e combate ao racismo no Brasil. Somos muito gratos de estarmos juntos neste momento em apoiar e também construir uma possibilidade de avançar ainda mais as nossas parcerias com a UFMA, que já conta com algumas ações como o Observatório da Amefricanidades e o Caminhos Amefricanos, que são duas grandes políticas do Ministério da Igualdade Racial, da nossa Secretaria Nacional de Ações Afirmativas de Combate ao Racismo”, salienta.
Após a reunião, os representantes do MIR participaram da abertura do evento de celebração aos dez anos do Liesafro na UFMA.
Dez anos Liesafro
Para celebrar o marco de uma década, o Liesafro está promovendo uma semana de palestras, debates, mesas-redondas e rodas de conversas acerca da área e seus emblemas. A programação deu início na noite de segunda-feira, 5, com a mesa de abertura “10 anos contribuindo saberes e transformando práticas pela igualdade racial” e se estende até quarta-feira, 7 de maio.
Na oportunidade, foram homenageadas pessoas e instituições que marcaram e contribuíram significativamente com os dez anos de exercício do curso.
A UFMA foi pioneira ao abrir o curso em Estudos Africanos e Afro-brasileiros no Brasil, inserindo-se nas lutas e proposições para inserção da história e de ações inovadoras em suas atividades de ensino, de pesquisa e de extensão.
O reitor da UFMA, Fernando Carvalho, destaca a relevância do curso para toda a sociedade. “Comemoramos os dez anos do curso de licenciatura interdisciplinar em estudos africanos e afro-brasileiros, é o único curso do Brasil das universidades que tem essa característica, a formação de profissionais para o ensino básico na área da cultura africana”.
O coordenador do Liesafro, Rosenverck Estrela Santos, frisa que as conquistas do curso nos últimos dez anos, como reconhecimento em rankings e experiências internacionais, reforçam o compromisso com uma formação profissional inclusiva e diversa para o mercado de trabalho e para as salas de aula. “Ao longo desses dez anos, conquistamos muita coisa. Já ganhamos duas vezes cinco estrelas no guia da faculdade do Jornal Estado, por exemplo. Isso demonstra o que temos construído. Já levamos nossos alunos para três países diferentes, então a gente tem buscado desenvolver atividades nacionais e internacionais que busquem trabalhar e formar profissionais que atuem no mercado de trabalho, numa perspectiva inclusiva que valoriza a diversidade”.
Desde 2015, tem formado profissionais para a docência nos anos finais do ensino fundamental na área das Ciências Humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia), no ensino médio, na área de História, e para atuação nas secretarias municipais e estaduais de educação.
Confira a programação completa da celebração dos dez anos por meio das redes sociais do curso.
Por: Sarah Dantas. Fotos: Agda Matias e Valdo Tavares. Revisão: Jáder Cavalcante