Emergência zoossanitária foi declarada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária na última sexta-feira, 16

A confirmação do primeiro foco de influenza aviária em aves comerciais no Brasil, ocorrida na cidade de Montenegro (RS) em 16 de maio, levantou dúvidas da população a respeito da doença e os possíveis impactos sobre a saúde humana. Para esclarecer o assunto, a Assessoria de Comunicação da UFCSPA conversou com o professor de Infectologia Alessandro Pasqualotto, além de reunir as informações emitidas pelos órgãos oficiais do Estado do Rio Grande do Sul sobre a doença.
Pasqualotto salienta que as medidas sanitárias de controle já foram efetivadas pelas autoridades, como o isolamento da área afetada e destruição de ovos e aves. “Até agora, não há casos da doença em pessoas, e o risco de contágio para a população é muito baixo”, ressalta. Para as pessoas preocupadas com o consumo de produtos avícolas, o professor reforça que carne de frango e ovos, bem cozidos, são seguros para alimentação.
Sobre a doença
A influenza aviária é uma doença viral que afeta principalmente aves, mas pode infectar mamíferos. A transmissão para humanos é rara e geralmente ocorre em profissionais que mantêm contato direto e intenso com aves doentes. Ainda assim, o governo estadual reforça que não há risco de contágio por meio do consumo de alimentos preparados corretamente.
Outra dúvida comum envolve a eficácia da vacina da gripe sazonal. Segundo as autoridades, essa vacina não protege contra o vírus H5N1, causador da gripe aviária. A imunização anual, no entanto, continua sendo fundamental para reduzir internações e complicações causadas pelos vírus da gripe humana (H1N1, H3N2 e B).
A população também pode colaborar com o controle da doença, evitando contato com aves doentes ou mortas e acionando imediatamente a Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou o canal de atendimento via WhatsApp: (51) 98445-2033.
Foto: Luiz Agner, IBGE