
Luciano Campos foi empossado, nesta quarta-feira (10), como reitor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em cerimônia conduzida pelo ministro da Educação, Camilo Santana, no Ministério da Educação (MEC), em Brasília.

Participaram da solenidade o presidente da Andifes, José Daniel Diniz de Melo (UFRN), a vice-reitora da UFOP, Roberta Fróes, e o reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Custódio Almeida.
Durante o evento, o ministro Camilo Santana reafirmou o compromisso do governo federal com a autonomia universitária e com a consolidação de um orçamento permanente para as universidades federais. Ele também defendeu a aprovação do projeto de lei que propõe o fim da lista tríplice, garantindo que o nome escolhido pela comunidade acadêmica seja nomeado para a reitoria.
O presidente da Andifes destacou a importância simbólica da cerimônia: “A defesa da autonomia tem sido um compromisso do governo e do ministro Camilo Santana, que não somente têm respeitado esse processo, mas também valorizado e destacado sua importância.”
O reitor Daniel Diniz também reforçou o papel estratégico das universidades federais: “Nossas universidades são responsáveis pela maior parte da pesquisa científica e tecnológica do país, além da promoção da arte e da cultura, fundamentais para a soberania nacional. Estar na gestão dessas instituições é uma honra, mas também uma grande responsabilidade.”
A vice-reitora da UFOP, Roberta Fróes, celebrou o momento como uma conquista coletiva. “É uma honra fazer parte do grupo de reitores empossados, especialmente depois de um período em que esse direito nos foi negado. Hoje vivemos um momento simbólico e de grande responsabilidade. E é fundamental que tenhamos mulheres — e mulheres negras — nesses espaços de liderança.”
Ela também comentou os desafios da gestão: “Estamos há cerca de cinco meses à frente da UFOP, e cada dia é uma nova emoção, um novo desafio. Mas nós sabíamos disso desde o momento em que nos colocamos à disposição da instituição. Estamos aqui para isso.”
Em sua fala, o reitor Luciano Campos destacou a universidade pública como ferramenta essencial de inclusão e justiça social. “Sou filho de pedreiro, fui servente desde os oito anos, minha mãe era cantineira. Estudei sempre em instituições públicas e me tornei um dos primeiros docentes da UFOP com a implementação do REUNI. Hoje, retorno como o primeiro reitor oriundo de um campus fora da sede, o que evidencia o compromisso da universidade em abrir caminhos para aqueles que historicamente foram excluídos do ensino superior.”
Luciano também ressaltou o papel histórico da UFOP: “Estamos em uma universidade secular, nascida da união de duas instituições pioneiras na educação em Minas Gerais e no Brasil. Estamos em Ouro Preto, cidade símbolo da liberdade e patrimônio da humanidade. Isso nos impõe uma responsabilidade ainda maior com a democracia, com a cultura, com a ciência e com o desenvolvimento social.”
Ao encerrar, o reitor reforçou a missão das universidades no cenário nacional: “Um reitor e uma universidade podem exercer um papel decisivo para o desenvolvimento do país. Especialmente no contexto atual, em que as universidades ainda enfrentam ataques, cabe a nós contribuir para que os jovens voltem a acreditar na educação como chave para superar desigualdades e para o crescimento pessoal e coletivo.”

Além de Luciano Campos, também tomou posse o reitor Valdir da Silva, do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IFSUDESTEMG).





