O Brasil é um Estado Democrático de Direito. A soberania é um dos fundamentos do nosso Estado. Assim estabelece a constituição cidadã de 1888, no seu parágrafo primeiro”, destacou o reitor da UFBA, Paulo Miguez, em convocação para o ato em defesa da soberania nacional, realizado na quarta-feira, 6 de agosto, no Salão Nobre da Reitoria. A data marca o início do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros decretado pelo presidente dos Estados Unidos, um ataque à democracia e à independência brasileira, contrariando relações internacionais históricas entre os dois países.

O ato foi organizado pela Reitoria da UFBA, com apoio de diversas entidades, entre elas, Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub), Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos das Universidades Públicas Federais da Bahia (Assufba), Diretório Central dos Estudantes da UFBA (DCE), Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e representantes da sociedade civil. O maestro José Maurício Brandão, professor da Escola de Música, e o Madrigal da UFBA apresentaram um repertório de canções brasileiras durante a cerimônia.

O reitor da UFBA destacou a união de estudantes, professores, técnicos, colaboradores e de pessoas de diversos espectros políticos em torno da pauta da defesa da soberania brasileira. “Não é preciso nenhuma coloração, nenhum partido ou nenhuma ideologia, basta que sejamos todos democratas”.

Em sua participação, Miguez repudiou as tentativas de intervenção estrangeira no Brasil e leu a Carta em Defesa da Soberania Nacional, que pode ser assinada através do endereço eletrônico: https://www.soberanianacional.com.br. “Nossa soberania é inegociável”, destacou o reitor, assegurando que a universidade estará sempre na defesa da constituição brasileira, da democracia e da soberania nacional. “Viva o Brasil”, celebrou, anunciando a execução do hino nacional como um dos símbolos de soberania.

A presidenta da Apub, Raquel Nery, falou sobre as riquezas brasileiras e a qualidade, diversidade e abundância dos frutos da terra, capazes de alimentar o mundo, seus minerais críticos e terras raras, e sua tecnologia aeroespacial. “Nossa soberania não será plena se não nos apropriarmos adequadamente do que temos e somos”, disse.

O coordenador geral da Assufba, Renato Jorge, condenou a postura do governo dos Estados Unidos e os ataques que o Brasil tem sofrido nos campos econômico e institucional. “Esse é um momento de união de nossa comunidade”, afirmou.

“É preciso falar o óbvio: que o Brasil pertence ao povo”, declarou o coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes da UFBA, Osny Guimarães, que também lembrou que a soberania nacional é um princípio básico da constituição brasileira. “Defender a soberania é olhar para o nosso povo”, acrescentou.

Com a iniciativa, a UFBA reafirma seu compromisso com os princípios democráticos, a autonomia dos povos e o respeito às normas internacionais.