A Andifes promoveu nesta terça-feira, 20 de agosto, um seminário dedicado ao debate sobre a Política Nacional de Educação Superior (PNEDS). O evento reuniu representantes do Ministério da Educação, reitores e lideranças acadêmicas para discutir caminhos e estratégias para o fortalecimento da educação superior pública.
A abertura teve a participação da deputada Ana Pimentel (PT/MG), que defendeu o papel essencial das universidades federais. A deputada repudiou ataques às instituições, citou pautas conjuntas a serem tratadas com o congresso, como o orçamento, e reafirmou o compromisso com o acesso democrático à educação superior: “A gente precisa viver num cenário em que qualquer jovem que deseja educação pública precisa ter acesso”, afirmou.
Na sequência, a coordenadora-geral da Sesu/MEC, Lucia Pellanda, apresentou os objetivos da PNEDS. A política tem três eixos principais:
• Estabelecer diretrizes e indicadores que contribuam para o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação;
• Elaborar um diagnóstico amplo sobre as necessidades e desafios da educação superior;
• Alinhar o setor às estratégias de crescimento e desenvolvimento do país, garantindo que a universidade pública continue contribuindo para o avanço social e econômico.

Lucia destacou que a construção da política será feita de forma coletiva, com ampla participação da comunidade acadêmica e da sociedade civil.
O seminário também apresentou experiências práticas. Jacques Marcovitch, coordenador do Projeto Métricas/USP, explicou como a iniciativa busca formar lideranças capazes de analisar criticamente o uso de métricas e promover uma gestão universitária mais estratégica.
A vice-reitora da UNIFESP, Lia Rita Azeredo Bittencourt, relatou os impactos do curso do Projeto Métricas e sobre como essa visão ampliada propiciar uma gestão mais efetiva. Ela falou também da importância de um olhar não somente para dados como número de estudantes e egressos, por exemplo, mas para variáveis como o impacto da pesquisa e da extensão, do que está sendo feito na universidade e impacta a sociedade.
Encerrando o encontro, o reitor do Centro Universitário IESB, Luiz Cláudio Costa, falou sobre o potencial da inteligência artificial na educação. Ele destacou o uso da IA no planejamento de aulas, na automatização de tarefas e, principalmente, na gestão acadêmica. Ele também citou que a IA organiza dados, identifica problemas e apoia decisões inteligentes, mas que é preciso ter cuidado com avaliações reduzidas a números.
O seminário reforçou o compromisso da Andifes com o diálogo e a construção conjunta de políticas que valorizem a universidade pública, gratuita e de qualidade, sempre com foco na inclusão e no desenvolvimento do país.