O presidente da Andifes, José Geraldo Ticianel (UFRR), esteve em Brasília esta semana para uma série de reuniões voltadas ao fortalecimento do diálogo e da articulação sobre temas prioritários para as universidades federais.
O primeiro compromisso ocorreu no Ministério da Educação, com o secretário de Educação Superior, Marcus David, o secretário-executivo, Leonardo Barchini, e o diretor de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior, Juscelino Pereira Silva. Entre os principais assuntos discutidos estiveram a distribuição de cargos e o orçamento das universidades federais.
Ainda no MEC, em reunião com o subsecretário de Tecnologia da Informação e Comunicação, Marco Antonio Fragoso de Souza, foi acordada a inclusão das universidades federais no Comitê Gestor de TIC, por meio do CGTIC, fortalecendo a presença das universidades federais na definição de políticas de tecnologia da informação e comunicação. A pauta incluiu, também, a expertise dos colégios e fóruns da Andifes.
Na Ebserh, presidida por Arthur Chioro, ficou acordada a criação de um grupo de trabalho voltado ao fortalecimento da gestão integrada dos hospitais universitários. Além disso, Chioro apresentou iniciativas em andamento na Ebserh voltadas à otimização de serviços como, por exemplo, a integração de processos entre unidades hospitalares vinculadas à mesma universidade federal.
Em encontro com o presidente do Inep, Manuel Palacios, e com o vice-presidente Daniel Brentamini, ficou acordada a retomada da Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes, considerada estratégica para subsidiar a regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). A previsão é que a pesquisa seja aplicada até o fim de 2025, com análise dos resultados em fevereiro de 2026. O Inep também foi convidado a estreitar a cooperação com a Andifes em temas como Enamed, Enade e Sisu no Conselho Pleno.
Na Rede Nacional de Ensino e Pesquisa – RNP, com o presidente Lisandro Zambenedetti, foram discutidas soluções em tecnologia para a rede, como o Conecta – malha de fibra óptica de alta velocidade – e a plataforma Nexus. Mas, especialmente, a segurança de dados nas universidades federais.
No Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em reunião com o ministro substituto Luis Fernandes, o diálogo teve como foco o Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia (FNDCT), que deve destinar R$ 200 milhões para a manutenção de equipamentos nas universidades federais.
A agenda foi concluída no Congresso Nacional, com reuniões junto a parlamentares, focadas no Projeto de Lei 2699/2011, que trata da autonomia das universidades na escolha de seus dirigentes. A Andifes ressaltou a importância do PL para assegurar que a decisão sobre reitores seja feita exclusivamente pela comunidade acadêmica, que é quem conhece de fato as necessidades de cada instituição, sem a imposição da lista tríplice. A medida fortalece a autonomia universitária, a democracia e o pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
