A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) consolidou avanços importantes em sua política de internacionalização durante o Encontro de Universidades México-Brasil. A missão, realizada no início de setembro, na cidade do México, resultou na assinatura de dois novos convênios — com a Universidade de Veracruzana (UV) e com a Universidade Autônoma do Estado de Hidalgo (UAEH) — e no fortalecimento de vínculos já existentes, como com a Universidade Nacional Autônoma de México (Unam), uma das maiores instituições de ensino superior da América Latina.
Para a reitora da UFJF, Girlene Alves, a participação de reitores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) foi estratégica. “Voltamos com conquistas muito significativas. Retomamos o diálogo com a Universidade Veracruzana, com quem já havia um interesse mútuo em avançar, e firmamos um termo de cooperação com a Unam. Esses acordos abrem caminhos concretos para estudantes, professores e pesquisadores”, destaca.

Girlene Alves participou de debates sobre o papel das instituições de ensino superior no fortalecimento das políticas públicas de saúde
Outro marco foi a assinatura de uma cátedra conjunta entre a Andifes e a Associação Nacional de Universidades e Instituições de Educação Superior (Anuies), que representa as instituições mexicanas. A iniciativa deve intensificar os intercâmbios acadêmicos e culturais, ampliando a integração entre universidades do Brasil e do México.
“Essas aproximações fortalecem o eixo Sul-Sul e nos permitem pensar em novas formas de mobilidade. Muitas vezes não é possível passar longos períodos no exterior, mas, com missões mais curtas e a curricularização da extensão, conseguimos oferecer experiências transformadoras e acessíveis”, pontua Girlene.
Presença em debates internacionais
Além das assinaturas de acordos, a reitora participou ativamente das mesas de discussão. A Universidade esteve presente em debates sobre o papel das instituições de ensino superior no fortalecimento das políticas públicas de saúde, apresentando a experiência da rede de hospitais universitários brasileiros. Também contribuiu para discussões sobre enfrentamento da fome, equidade de gênero e programas de dupla titulação. “Não foi um encontro apenas protocolar. Visitamos universidades, conhecemos suas potencialidades, desejos e desafios. Tivemos, por exemplo, uma imersão na Faculdade de Medicina da Unam, o que nos permitiu enxergar possibilidades muito concretas de cooperação”, relata a reitora.
Próximos passos
O diretor de Relações Internacionais da UFJF, Alexandre Cadilhe, explica que o desafio agora é transformar os documentos assinados em oportunidades reais. “Nosso foco é dar viabilidade aos acordos. Queremos garantir que estudantes, docentes e técnicos possam usufruir dessas parcerias, seja em programas de mobilidade, seja em projetos conjuntos de pesquisa e extensão”, afirma.
A missão ao México foi organizada pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), reunindo representantes de diversas instituições brasileiras. Para Girlene, a iniciativa teve também um valor simbólico. “A Unilab coordenou uma missão que reafirma nosso compromisso com a integração latino-americana. A receptividade das universidades mexicanas mostrou que há interesse real em construir pontes duradouras. Voltamos com resultados práticos e com novas perspectivas para a UFJF”, conclui.
Fonte: UFJF