Universidades Federais marcam presença na COP 30 com pesquisa, inovação e protagonismo científico

As universidades federais brasileiras têm participação expressiva na COP 30, realizada em Belém (PA), reafirmando o compromisso da rede com a ciência, a sustentabilidade e o enfrentamento da crise climática. Em diferentes espaços, docentes, pesquisadores, estudantes e gestores apresentam pesquisas, experiências e soluções que fortalecem a agenda ambiental e ampliam a contribuição da educação superior pública para o desenvolvimento sustentável.

A Andifes participou da conferência em dois momentos: nos dias 12 e 13 de novembro, representada pela vice-presidente Ana Beatriz de Oliveira (UFSCar), e no dia 14 de novembro, pelo presidente José Geraldo Ticianeli (UFRR). Durante o painel do MEC, Ana Beatriz apresentou os principais pontos da Carta de Belém, documento construído no seminário “Universidades e Biomas: Ciência e Sustentabilidade rumo à COP 30”, realizado em setembro na UFPA. Ela ressaltou o protagonismo amazônico, o reconhecimento dos saberes tradicionais e a importância de fortalecer redes de colaboração entre universidades.

A vice-presidente destacou propostas centrais da Carta, como a revisão de currículos para incorporar educação ambiental, a necessidade de financiamento adequado e equitativo e a garantia de que programas de fomento climático — incluindo o Fundo Verde — sejam acessíveis às instituições federais. Segundo ela, a distribuição das universidades pelo território nacional transforma vivências regionais em conhecimento aplicável e inovação.

No painel realizado na Casa da Ciência do MCTI, o presidente da Andifes, José Geraldo Ticianeli, reforçou o papel estratégico das universidades federais na resposta à crise climática. Ele lembrou que as instituições formam milhares de profissionais anualmente, produzem conhecimento de excelência e atuam junto a comunidades ribeirinhas, quilombolas, povos originários e agricultores familiares, gerando ciência profundamente conectada aos territórios. Para Ticianeli, a centralidade da Amazônia nos debates e a presença de um presidente da região Norte à frente da Andifes fortalecem a interlocução da rede com agendas ambientais prioritárias. Ele destacou que a ciência enraizada nos territórios é essencial para impulsionar soluções sustentáveis e orientar políticas públicas baseadas em evidências.


Participação das Universidades Federais

UNIR

A reitora da Universidade Federal de Rondônia, Marília Pimentel, participou do painel do MCTI e ressaltou o papel estratégico das universidades públicas na produção de conhecimento sobre clima. Para ela, em um cenário que exige respostas rápidas e sustentáveis, o ensino superior federal se afirma como agente ativo de transformação social e de construção de soluções fundamentadas na ciência.

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UFOPA

A Universidade Federal do Oeste do Pará apresentou o painel “O papel do investimento governamental sobre soluções concretas para o enfrentamento da crise climática”, destacando a importância do financiamento público para a ciência na Amazônia. Pesquisadores da instituição abordaram projetos desenvolvidos com comunidades locais, ações articuladas com órgãos de fomento e iniciativas relacionadas à valorização da floresta em pé. A reitora Aldenize Xavier reforçou a necessidade de investimentos contínuos para pesquisas estratégicas e soluções baseadas no território amazônico.

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UFPB

A Universidade Federal da Paraíba levou à COP 30 professores, pesquisadores e parceiros que apresentaram painéis sobre governança climática, plataformas de monitoramento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, soluções para saneamento com base na natureza, educomunicação e desinformação climática. A reitora Terezinha Domiciano destacou a importância da troca internacional de experiências, enquanto docentes apresentaram tecnologias e iniciativas voltadas para políticas públicas, equidade racial e sustentabilidade urbana.

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UFPE

A Universidade Federal de Pernambuco participou com a presença do vice-reitor Moacyr Araújo e dos professores Maria do Carmo Sobral, Pedro Augusto e Pedro Melo, atuando em agendas de pesquisa, governança hídrica e cooperação científica. Moacyr integrou debates técnicos sobre mitigação e adaptação, enquanto Maria do Carmo contribuiu com discussões sobre segurança hídrica e políticas públicas e Pedro Augusto participou de temas ligados à infraestrutura urbana resiliente. Já Pedro Melo integrou a Caravana Fluvial Iaraçu, missão científica internacional dedicada à diplomacia climática e à cooperação Brasil–França na Amazônia.

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UFSC

Duas professoras da UFSC integram o corpo editorial do relatório “10 New Insights in Climate Science 2025/2026”, lançado na COP 30, documento central para a agenda climática global. Representando pesquisadores de mais de 20 países, elas apresentaram análises sobre aquecimento global, oceanos, biodiversidade e riscos climáticos. O relatório reúne evidências sobre impactos ambientais e sociais, reforçando a urgência de ações integradas e estratégias científicas para mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

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UFF

A Universidade Federal Fluminense participou com painéis sobre boas práticas socioambientais, transição energética, mobilidade sustentável e justiça climática. A instituição destaca pesquisas em energia solar, iniciativas de educação ambiental, monitoramento de eventos climáticos extremos e projetos de redução de riscos urbanos. A UFF também integrou debates sobre financiamento climático equitativo em parceria com a Unesco e apresentou estudos que reforçam o papel das universidades na territorialização da Agenda 2030.

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UFU

A Universidade Federal de Uberlândia levou à COP 30 a “Carta de Uberlândia”, produzida durante a Pré-COP 30 sediada pela instituição, com contribuições de movimentos sociais, povos tradicionais e pesquisadores. O documento reúne propostas sobre mitigação, adaptação, justiça climática e governança ambiental, com foco nas realidades locais. A UFU reafirma, assim, seu papel como espaço de diálogo e construção coletiva de soluções para a crise climática.

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UFJF

A Universidade Federal de Juiz de Fora apresentou pesquisas sobre água, energia e produção aquícola sustentável. Representada pelo professor Nathan Barros, a instituição expôs estudos sobre emissões de gases de efeito estufa em hidrelétricas e aquicultura, parcerias internacionais e tecnologias de inteligência artificial aplicadas ao monitoramento ambiental. Os projetos oferecem dados inéditos para o Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa e orientam políticas públicas para produção alimentar de baixo impacto.

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UFC

A Universidade Federal do Ceará teve ampla participação com a presença de estudantes, docentes e pesquisadores. A delegação atua em temas como justiça climática, juventudes, transição energética, resistência antimicrobiana e comunicação ambiental. A universidade também integra o projeto internacional Youth COP, apresentou pesquisas sobre hidrogênio verde, energias renováveis e conflitos socioambientais, e realizou cobertura jornalística da conferência, ampliando a participação da comunidade acadêmica no debate climático global.

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UFSCar

A Universidade Federal de São Carlos elaborou o catálogo “UFSCar no Clima”, que reúne atividades de ensino, pesquisa e extensão relacionadas a mudanças climáticas. A universidade participou da COP 30 com ações voltadas à articulação de projetos, produção de conteúdos científicos, registros de iniciativas em andamento e contribuições em debates sobre justiça climática, mobilidade urbana e sustentabilidade. A instituição reforça o compromisso de manter o tema no centro das ações acadêmicas para além da conferência. 

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UFMG

A Universidade Federal de Minas Gerais participou da COP 30 com a atuação da reitora Sandra Goulart Almeida, que coordenou a mesa-redonda “Como envolver as populações locais e as tecnologias sociais no enfrentamento das mudanças climáticas”. A atividade reuniu especialistas e gestores para discutir o papel das comunidades e das tecnologias sociais na adaptação climática. A mesa contou com a presença dos reitores da UFPA e da UFRB e de pesquisadores convidados. Instalado como sede simbólica do MCTI durante a conferência, o espaço abriga exposições, debates e atividades científicas voltadas à sustentabilidade. 

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UFG

A Universidade Federal de Goiás marcou presença na COP 30 com representantes em negociações oficiais e em debates sobre resiliência climática e conservação do Cerrado. A delegação reuniu docentes do Cempa-Cerrado, da Faculdade de Ciências Sociais e do Profor-EXT, além da participação de Luciana Dias como delegada oficial na Zona Azul. As agendas incluíram painéis sobre inovação climática, agroecologia e governança territorial. A atuação destaca metodologias desenvolvidas pela UFG em assentamentos rurais, comunidades tradicionais e municípios goianos diante dos riscos climáticos, reforçando a relevância da pesquisa científica sobre o Clima no Cerrado.

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UFJ

A Universidade Federal de Jataí participou da COP 30 em dois debates nacionais sobre clima e agroalimentação, representada pelo reitor Christiano Peres Coelho nos dias 20 e 21 de novembro. As agendas ocorreram na Zona Azul e em programação organizada pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. As discussões abordaram transição agroalimentar, sustentabilidade e políticas públicas baseadas em ciência. O reitor destacou contribuições da região Centro-Oeste, especialmente nas áreas de agropecuária e mitigação de emissões. A presença da UFJ reforçou o compromisso institucional com a ciência climática e soluções sustentáveis para o país.

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UNIFESSPA

A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará ampliou sua presença na COP 30 com a participação do reitor Francisco Ribeiro da Costa em agendas oficiais no último dia da conferência. As atividades incluíram reunião estratégica da UNAMAZ com delegações dos nove países pan-amazônicos e debate na Casa da Ciência do MCTI sobre resiliência e avanços tecnológicos. A presença reforçou o papel das universidades amazônicas na articulação científica internacional e na construção de soluções socioambientais. O reitor também integrou a cerimônia do Novo PAC Seleções sobre gestão de resíduos sólidos, destacando a contribuição da universidade para políticas públicas na região. A atuação consolidou a Unifesspa como instituição estratégica para ciência, sustentabilidade e desenvolvimento na Amazônia.

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