UFR anuncia novo curso de Inteligência Artificial, alinhado às políticas nacionais de inovação

Foto gerada por IA. Fonte: ChatGPT

Por Heinsten Frederich Leal

A Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) deu mais um passo estratégico em direção à inovação e ao desenvolvimento regional. O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) aprovou a criação do curso de graduação Tecnólogo em Inteligência Artificial, com oferta inicial de 30 vagas, no período matutino, e previsão de início no primeiro semestre de 2026.

A nova graduação nasce alinhada ao Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), política nacional que tem entre seus objetivos formar, capacitar e requalificar pessoas em IA em grande escala, para suprir a alta demanda por profissionais qualificados e assegurar o protagonismo do Brasil no desenvolvimento dessa tecnologia estratégica. 

Além disso, o curso dialoga diretamente com o programa Universidades Inovadoras e Sustentáveis, lançado pelo Governo Federal para transformar as universidades federais em ambientes dinâmicos de inovação, conectando ciência, empresas e sociedade e impulsionando a neoindustrialização e a transformação ecológica do país. A proposta também está integrada às diretrizes da política Nova Indústria Brasil, que prevê ações até 2026 para fortalecer a base produtiva nacional com tecnologias avançadas, incluindo a inteligência artificial como vetor-chave de competitividade. 

Para a reitora da UFR, Professora Dra. Analy Castilho Polizel de Souza, a aprovação representa um marco institucional e um compromisso com o futuro do estado de Mato Grosso:

“A criação do curso de Inteligência Artificial coloca a UFR em sintonia com as principais agendas tecnológicas do país e com as demandas da nossa região. Trata-se de uma formação pensada para dialogar com o agronegócio, a logística, a indústria e os serviços públicos, contribuindo para que Rondonópolis e todo o estado possam se beneficiar de soluções inteligentes, éticas e socialmente responsáveis.”

O vice-reitor, Professor Dr. Renato Nataniel Wasques, destaca que a UFR se insere em um movimento nacional de expansão da formação em IA:

“Nos últimos anos, diversas universidades brasileiras passaram a estruturar graduações específicas em Inteligência Artificial, como a Universidade de Caxias do Sul, que lançou bacharelado em IA para o vestibular de 2026, e a Universidade Federal de Alagoas, que ofertará o curso no próximo Sisu, atendendo a uma forte demanda social.”
“Mais recentemente, a Universidade de Brasília também aprovou um bacharelado em IA, com início previsto para 2026. Esse cenário mostra que a UFR está em sintonia com as tendências da educação superior no Brasil e pronta para contribuir com a formação de talentos em nível nacional.”

Para a região de Rondonópolis, a nova graduação tem potencial de impacto direto. A formação em Inteligência Artificial poderá apoiar desde o agronegócio de alta produtividade, com uso de dados para previsão de safras e otimização de insumos, até a gestão pública, com sistemas inteligentes para saúde, educação, mobilidade e serviços digitais ao cidadão. No contexto da Nova Indústria Brasil, o curso contribui para criar uma base de profissionais aptos a atuar em manufatura avançada, automação, análise de dados e soluções de IA voltadas à competitividade das empresas mato-grossenses. 

A matriz curricular foi construída por um grupo multidisciplinar de docentes, incorporando temas como aprendizado de máquina, visão computacional, ciência de dados, ética e regulação em IA, além de projetos integradores conectados a problemas reais de Mato Grosso. Essa abordagem está em consonância com o PBIA, que enfatiza a formação de talentos e a criação de soluções alinhadas às necessidades da população brasileira. 

Com a aprovação do Tecnólogo em Inteligência Artificial, a UFR reforça seu papel como agente de desenvolvimento científico, tecnológico e social da região sul de Mato Grosso. As informações detalhadas sobre o processo de ingresso e o cronograma oficial serão divulgadas nos canais institucionais da universidade ao longo de 2025.

Fonte: UFR