O Laboratório de Genética e Biotecnologia (GBio), do Instituto de Biotecnologia (Ibtec) da Universidade Federal Uberlândia (UFU), Campus Patos de Minas, tem se dedicado, há mais de 10 anos, ao estudo de estratégias inéditas para o tratamento do câncer de mama. Para isso, busca novos compostos, químicos ou de origem natural, para combater a doença.

O estudo é coordenado pela professora Thaise Gonçalves de Araújo e conta com parcerias importantes com o Instituto de Química da UFU e com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Thaise é bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), colaboradora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) TeraNano e coordenadora de subprojeto da Rede Mineira de Pesquisa Translacional em Imunobiológicos e Biofármacos no Câncer (Remitribic).
Nos últimos anos, juntamente com a professora Lígia Morais (Ibtec/UFU), o grupo desenvolveu um produto inovador para o tratamento do câncer de mama triplo negativo, conhecido por ser mais agressivo e acometer mulheres jovens e afro-descendentes. É classificado como triplo negativo porque não há receptores de estrogênio, progesterona e HER2, responsáveis pelo controle do crescimento do tumor, das células mamárias e da divisão celular.
Utilizando nanotecnologia e combinando dois compostos distintos (que ainda não podem ser divulgados, devido ao depósito de patente), o produto foi capaz de combater células tumorais de forma eficaz, inclusive em modelos animais. O estudo fez parte do doutorado da aluna Paula Marynella, do Programa de Pós-graduação em Genética e Bioquímica, e a patente foi depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Novos experimentos estão em andamento para descrever os mecanismos de ação desse produto inovador, sempre priorizando o bem-estar de tantas mulheres acometidas por essa doença.
Fonte: Thaise Gonçalves de Araújo, Portal UFU