Chefe da pasta participou da mesa de abertura de Seminário da Andifes; parceria entre MDHC e instituições de ensino superior foi destaque no debate
A ministra Macaé Evaristo participou de forma virtual do Seminário da Andifes sobre políticas universitárias e equidade de gênero nas universidades (Foto: Andifes/YouTube)
Aministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, participou, nesta quarta-feira (22), da mesa de abertura do Seminário “Políticas Universitárias e de Gestão para Promoção da Equidade de Gênero nas Universidades Federais”. O evento foi promovido pela Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) e realizado na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em Ouro Preto (MG).
Ao apresentar dados que demonstram o aumento global dos índices de violência contra a mulher, Macaé destacou a importância das instituições de Ensino Superior para atingir as metas da Agenda 2030, principalmente aquelas ligadas ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número cinco, que tem o objetivo de alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. “A promoção da equidade de gênero e da equidade racial nas universidades constitui elemento fundamental para a construção de um ambiente acadêmico justo, inclusivo e democrático”, defendeu a ministra.
Parcerias
Macaé também falou sobre as parcerias com essas instituições em diversos âmbitos do Ministério. A chefe da pasta ainda destacou a importância da defesa da democracia e das diretrizes nacionais para a educação em direitos humanos, e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que defendem o exercício da cidadania como uma das finalidades da educação nacional e possuem o respeito à diversidade humana como parte de seus princípios basilares.
Lúcia Pellanda, reitora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e integrante da comissão organizadora do seminário, considerou a participação da ministra fundamental porque, segundo a reitora, as universidades federais são um patrimônio do país e podem contribuir com o Ministério, com a pesquisa, a educação e a extensão na área dos direitos humanos.
Para o professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Richard Santos, a interlocução entre o MDHC e as universidades é fundamental para fortalecer a extensão universitária como um instrumento essencial na construção de políticas públicas de direitos humanos. “Essa parceria permite que a universidade atue de forma mais direta no enfrentamento das desigualdades sociais, conectando ensino, pesquisa e extensão com as demandas reais da sociedade”, declarou. De acordo com ele, essa interação reforça o papel da academia na promoção da equidade e da justiça social.
Equidade e igualação
Em relação à promoção da equidade nas universidades, Pellanda entende que ter mulheres na liderança contribui para o desenvolvimento e execução de políticas destinadas a mulheres que beneficiam toda a sociedade. “Este seminário, organizado por reitoras da Andifes, tem a missão de dar visibilidade para as iniciativas das universidades pela promoção da equidade de gênero, sempre considerando as interseccionalidades e como essas iniciativas podem ajudar a construir uma sociedade mais justa para todas as pessoas”, explicou.
A Ministra do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil (TSE), Cármen Lúcia, participou do seminário e afirmou que a igualação é essencial nos espaços universitários e nas formas de ensino. De acordo com ela, isso contribui para a promoção e o acesso à equidade fora dos muros acadêmicos.
“A universidade pode contribuir para que a sociedade consiga acessar a igualação. A gente ensina a democracia das igualdades e nossa responsabilidade é saber como fazer a transformação com os estudantes nas escolas e nas universidades para que tenhamos jovens que realmente acreditem e que tenham o sentimento de igualação”, afirmou.
Fonte: MDHC