A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) esteve presente no evento “Ciência e Vozes da Amazônia na COP 30”, realizado nesta quarta-feira, dia 5, na Universidade Federal do Pará (UFPA). O evento reúne reitores de universidades da Amazônia, especialistas em mudanças climáticas, movimentos sociais e lideranças indígenas e quilombolas. O objetivo é fortalecer o diálogo entre diferentes setores da sociedade e ressaltar as particularidades da região amazônica no contexto das soluções globais que serão debatidas na conferência.







Fotos: Alexandre Moraes/ UFPA
O presidente da Andifes, José Daniel Diniz Melo, destacou a importância da realização da COP 30 no Brasil, especialmente no Pará, como uma oportunidade para reafirmar o compromisso do país com a sustentabilidade e a liderança no enfrentamento das mudanças climáticas: “A realização da COP no Brasil e especificamente no Pará é uma grande oportunidade para que nosso país possa reafirmar seu compromisso e seu papel de liderança em áreas como mudanças climáticas e sustentabilidade, além de demonstrar os esforços e o conhecimento tanto tecnológico quanto dos saberes tradicionais”. Ele também enfatizou a importância do envolvimento das universidades na COP 30 e da expectativa, com a recente nomeação do presidente da conferência, de avançar nessa questão.
A reitora da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e coordenadora do diretório da Andifes na região Norte, Marília Pimentel, destacou a importância do evento como um espaço para ouvir as vozes da Amazônia: tanto os saberes dos povos tradicionais quanto o conhecimento produzido pela academia. Ela destacou que o evento é um pontapé inicial para a COP 30: “Espero que as nossas discussões sejam profícuas e que a gente possa, a partir dessa audição, da ciência e dos povos que vivem aqui, avançar no desafio da mudança climática. Parabenizo a iniciativa desse evento já no início do ano, para que possamos avançar nas discussões e evidenciar o que é feito aqui, nas universidades e pelos povos tradicionais”, destacou.
Já o reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gilmar Pereira da Silva, ressaltou a necessidade de garantir a máxima pluralidade no evento e o papel das universidades como mediadoras desse diálogo. “A universidade quer se colocar à disposição da sociedade paraense, amazônida e brasileira para contribuir na construção da COP 30. É fundamental unir a ciência aos saberes dos movimentos sociais, quilombolas, indígenas, ribeirinhos e de todos os grupos que desejam debater uma nova perspectiva sobre o clima, as florestas e o acolhimento dos povos. A universidade deve ser esse espaço de diálogo. Sabemos que a COP não conseguirá abarcar todas as vozes, mas precisamos trabalhar para que sejam ouvidas. E a universidade tem esse papel essencial de mediação com a sociedade”, afirmou.
Ele também destacou a importância da representatividade da Andifes no evento, ampliando o diálogo com todas as universidades federais e conectando o debate a uma escala nacional e global, dada a dimensão planetária da COP 30.