Além da ação assistencial, haverá a transmissão ao vivo de uma das operações para membros das Sociedades Brasileira, Americana e Portuguesa de Cirurgia de Ombro e Cotovelo
Nove pacientes da lista de espera do Hospital das Clínicas da UFPE serão beneficiados com o Mutirão de Cirurgias de Ombro que ocorrerá no próximo sábado (12). Essas pessoas têm o diagnóstico de instabilidade do ombro, uma condição comum e incapacitante, popularmente conhecida como “meu ombro sai do lugar”, em que a articulação se desloca com facilidade, causando dor, limitação e risco de desgaste progressivo. A ação integra a iniciativa Ebserh em Ação, uma série de forças-tarefas que o HC e outros hospitais vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares farão para acelerar a quantidade de cirurgias e exames.

O mutirão é realizado pela Área Assistencial de Ortopedia do HC, por meio da subespecialidade de Ombro e Cotovelo, com o objetivo de acelerar a fila de espera por esse tipo de procedimento, além de oferecer educação médica continuada aos residentes e promover intercâmbio científico com especialistas nacionais e internacionais.
“Esse mutirão vai praticamente zerar a nossa fila de pacientes que aguardam por essa cirurgia que corrige a instabilidade do ombro. O HC é, possivelmente, o único hospital do SUS em Pernambuco que realiza esse tipo de procedimento. Temos pacientes sofrendo com isso há 15, 16 anos. E quanto mais vezes o ombro sai do lugar, mais instável ele se torna”, explica o ortopedista Tiago Nogueira, responsável pela ação.
Um dos destaques do evento será a transmissão ao vivo, pela internet, da cirurgia de Latarjet, que será realizada por Tiago Nogueira. O procedimento será acompanhado por membros das Sociedades de Cirurgia do Ombro e Cotovelo do Brasil, dos Estados Unidos e de Portugal. Essa técnica cirúrgica cria uma barreira muscular e um aumento da articulação que estabiliza o ombro.
A participação internacional ocorrerá por videoconferência e contará com três nomes de destaque da ortopedia mundial: o presidente da Sociedade Portuguesa de Ombro e Cotovelo (SPOC), Nuno Sevivas; a diretora de educação continuada da SPOC, Bárbara Campos; e o chefe do Pittsburgh Shoulder Institute, nos Estados Unidos, Albert Lin.
“A cirurgia será comentada em tempo real com colegas do Brasil e do exterior, promovendo uma troca de experiências valiosa para os nossos residentes e especialistas”, completa Tiago Nogueira.
A instabilidade do ombro pode causar dor intensa, inchaço e deformidade. Quando não tratada, leva a um desgaste progressivo da articulação, que pode evoluir para quadros mais graves e até necessidade de colocação de prótese. O procedimento realizado no mutirão visa restaurar a estabilidade da articulação e devolver qualidade de vida aos pacientes.
Fonte: UFPE