Ufes: “Vamos nos conectar ainda mais com a sociedade”, afirma reitor em balanço sobre os 71 anos da Universidade

A Ufes completou 71 anos na última segunda-feira, 5. Em paralelo, a atual gestão, conduzida pelo reitor Eustáquio de Castro e pela vice-reitora Sonia Lopes, completou seu primeiro ano à frente da Universidade. Em um breve balanço, eles traçaram um panorama dos avanços e desafios da instituição, além de anunciar algumas novidades.

“Imagine a quantidade de profissionais formados na nossa Universidade nesses 71 anos? A Ufes tem esse papel extremamente relevante para a sociedade e a história recente do Espírito Santo se confunde com a história da Ufes. Apesar de alguns ataques despropositados, não cabe mais discutir a importância da Universidade. Obviamente temos sempre o que melhorar e é isso que buscamos. Vamos nos conectar ainda mais com a sociedade”, afirmou o reitor.

Castro disse também que nesse primeiro ano de gestão a administração buscou melhorar a governança da Ufes e uma das ações neste sentido foi a criação da Diretoria de Governança, Controles Internos e Integridade. Ele lembrou que recentemente a Ufes alcançou o primeiro lugar em transparência, entre mais de 300 instituições pesquisadas. “Entretanto, mais importante que a governança, a gestão precisa melhorar as condições de permanência do estudante na instituição, e que isso não seja apenas uma ação dessa gestão, mas que se transforme numa política da Universidade. Nesse sentido foi criada a Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade e houve um fortalecimento da Secretaria de Inclusão Acadêmica e Acessibilidade”, destacou.

Se internamente a gestão prioriza a permanência do estudante, externamente tem criado condições para aproximar a Ufes da sociedade e do mercado de trabalho. Com esse propósito foi criada a Superintendência de Projetos e Inovação e a Agência de Inovação da Ufes (Inova Ufes), estreitando as parcerias com instituições públicas e privadas.

Com exclusividade, o reitor anunciou duas conquistas para os estudantes que já estão em andamento. A instalação do sistema de ar-condicionado no restaurante universitário do campus de Goiabeiras, em Vitória, e a abertura de um novo curso de Medicina, no Centro Universitário Norte do Espírito Santo, em São Mateus.

“Trabalhamos para manter a curva de crescimento da Ufes”, afirma o reitor.

Compromisso com a sociedade

Já a vice-reitora, Sonia Lopes, reiterou que a Ufes é, hoje, uma instituição consolidada e essencial para o desenvolvimento científico, social e cultural do Espírito Santo. “Com 71 anos de história, a Universidade se afirma como espaço de excelência no ensino, na pesquisa e na extensão, sempre comprometida com a democracia, a inclusão e a produção de conhecimento voltada para a transformação da sociedade. Ainda assim, os desafios permanecem grandes. Enfrentamos as limitações orçamentárias, as desigualdades sociais que atravessam nossa comunidade universitária e a necessidade de constante inovação nos processos acadêmicos e administrativos”, disse.

Para ela, o primeiro ano da gestão foi um tempo de escuta, reconstrução e cuidado com as pessoas. O foco tem sido fortalecer a gestão democrática, ampliar a permanência estudantil, qualificar as condições de trabalho e estudo, e garantir que todas e todos tenham espaço para viver plenamente o tempo da universidade.

Fundada em 5 de maio de 1954, a Ufes possui quatro campi universitários – Goiabeiras e Maruípe, em Vitória; e nos municípios de Alegre, no sul do Estado; e São Mateus, no norte capixaba. Atualmente, a Universidade oferece 103 cursos de graduação presencial, com a oferta anual de cerca de 5 mil vagas. Na pós-graduação, são 62 cursos de mestrado acadêmico e profissional, e 32 de doutorado.

Estudam na Ufes cerca de 20 mil estudantes na graduação presencial e 3.500 na pós-graduação. A instituição possui um quadro com cerca de 1.800 professores efetivos e 2 mil técnicos administrativos.

Texto: Hélio Marchioni.  Edição: Thereza Marinho