Espaços irão auxiliar na formação de estudantes e na divulgação científica à comunidade
Evento contou com descerramento de placa de inauguração
No ano em que o Centro de Tecnologia (CT) completa 65 anos, diversos projetos inovadores se concretizam e têm sua inauguração oficial. É o caso do Hangar CT, da Fábrica CT e do Núcleo de Usinagem Mecânica e Aeroespacial (NUMAE), que foram inaugurados na manhã desta quinta-feira (15).
O evento contou com a presença do reitor Luciano Schuch, da vice-reitora Martha Adaime, do diretor do CT, professor Tiago Marchesan, da vice-diretora professora Tatiana Cureau Cervo além de pró-reitores, servidores e membros da comunidade acadêmica do CT e de outros centros. Estiveram presentes também representantes da Base Aérea de Santa Maria, que colaboraram com o desenvolvimento do Hangar CT, incluindo a doação de seu primeiro avião, um caça AMX A-1.
O diretor do CT, Tiago Bandeira Marchesan, destacou que as três obras estão interligadas, pois visam oferecer espaços de estudo e produção aos estudantes, além de promover a divulgação científica à comunidade externa. “Isso mostra que a nossa tecnologia é capaz de gerar conhecimento, e essa geração de conhecimento é capaz de impactar também os nossos alunos. O investimento em infraestrutura mostra que nós podemos ir cada vez mais longe. A Universidade é feita de pessoas, e pessoas com uma boa estrutura conseguem levar a Universidade a diferentes patamares”, afirmou o diretor.
O reitor Luciano Schuch relembrou que as primeiras conversas sobre a construção do hangar começaram em 2013, e que cerca de dez anos depois o projeto foi concretizado, junto às demais obras. “Está surgindo agora essa estrutura. Esses investimentos são fundamentais para nós, para termos resultados. Precisamos continuar investindo na estrutura da nossa Universidade em outras áreas. E seguir investindo, com essas parcerias.”
Novos espaços
O Hangar CT começou a ser construído no primeiro semestre de 2022, possui cerca de 1.018 m² e conta com três espaços: um para o armazenamento de aviões, outro com oficinas, e o último com um túnel de vento aerodinâmico — que simula o escoamento do ar e permite avaliar o desempenho de modelos. Há ainda um mezanino sobre essas áreas, destinado a outros projetos vinculados ao centro. O Hangar é também um dos espaços mais visitados pela comunidade durante o evento Viva o Campus.
Já a Fábrica CT é voltada a práticas de impressão 3D. Em atividade há um ano, sua obra foi iniciada em 2020. Com a inauguração oficial, a expectativa é que a produção ocorra com ainda mais intensidade. O espaço conta com impressoras 3D, tecnologia de corte a laser, além de uma área de trabalho equipada com computadores e mesas, que pode ser utilizada por estudantes de diferentes cursos. O técnico-administrativo em educação e responsável pela Fábrica, Adriano José Longo, explica que a proposta é oferecer apoio a toda a comunidade acadêmica. “Atendemos muitos laboratórios que desenvolvem projetos de pesquisa — por exemplo, na Engenharia Espacial, com impressão de foguetes; na Robótica, com braços mecânicos; na Arquitetura, para confecção de maquetes com corte a laser; no curso de Desenho Industrial; e ainda ajudamos outros cursos de outros centros. Todo o trabalho que pudermos oferecer, a gente oferece”, afirma.
O terceiro espaço, o NUMAE (Núcleo de Usinagem Mecânica e Aeroespacial), abriga diversas máquinas utilizadas na fabricação por usinagem, como tornos, fresadoras, furadeiras, dentadoras, retificadoras, plainas, limadoras, mandriladoras e serras de fita, além de máquinas com CNC (Comando Numérico Computadorizado), como torno CNC, torno didático CNC, centro de usinagem vertical CNC e centro de usinagem CNC com 4º eixo.
Segundo o chefe do espaço, o engenheiro Joelson Almeida Bilhão, o NUMAE oferece estrutura de produção para alunos do CT e de outros centros. “Fazemos fabricação de peças, principalmente em materiais como alumínio, aço e ligas metálicas. Produzimos para os grupos de competição, como o Fórmula, para os cursos de engenharia, e também atendemos solicitações de outros centros.” Projetos de pós-graduação também fazem parte das demandas do laboratório, onde os alunos desenvolvem protótipos. Além disso, o espaço abriga aulas práticas. “Temos aulas aqui, principalmente para os cursos de Engenharia Mecânica, em que os estudantes aprendem usinagem, soldagem e controle numérico computacional”, explica o chefe substituto e técnico Luis Adolfo Limana Berni.
Texto: Giulia Maffi, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Fotos: Aline Saldanha. Edição: Mariana Henriques