UFPA leva ciência aquática às escolas nas proximidades de Belém por meio da extensão

“Tia, eu quero ser cientista!”. Carla nunca tinha visto alunos tão entusiasmados com a aula de biologia. Não que ela não tentasse deixá-los empolgados assim nos outros dias, pelo contrário; quem conhece a realidade da educação básica brasileira sabe o quanto a falta de estrutura e de apoio didático desgasta até os professores mais esforçados e bem-intencionados. Quando o projeto Cientistas nas Escolas os visitou, foi diferente. Naquela sexta, os estudantes de ensino fundamental puderam ver, ouvir e tocar pela primeira vez em materiais que antes pareciam existir só nos livros de ciências. Para os alunos, era como se um universo de novas possibilidades tivesse se revelado.

Além de professora de ensino fundamental e médio licenciada em ciências biológicas, Carla Carolina dos Santos também é doutoranda em Farmacologia e Bioquímica pela Universidade Federal do Pará (PPGFARMABIO). Ela e mais 13 voluntários (estudantes de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado) integram o projeto Cientistas nas Escolas, que tem como objetivo levar a ciência desenvolvida dentro da universidade para as salas de aula da educação básica, da educação infantil e do ensino médio. Para acessar esse público, o projeto desenvolve atividades e visitação em forma de circuito, proporcionando o aprendizado de conceitos científicos de forma prática e emocionante.

O grande diferencial do Cientistas nas Escolas, no entanto, é a metodologia de ensino. Além das visitações ocorrerem em grupo, os integrantes do Cientistas nas Escolas também levam consigo animais taxidermizados (popularmente conhecidos como animais “empalhados”), fósseis, lupas profissionais e outros equipamentos. 

Texto: Gabriela Cardoso. Fotos: Divulgação do projeto (UFPA).