Com oferta já prevista para 2026, os novos cursos estão vinculados ao Instituto de Computação e representam avanço estratégico na formação de profissionais para os desafios do futuro digital.

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por meio da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), aprovou, nesta segunda-feira, 30 de junho de 2025, a criação de dois novos cursos de graduação: Bacharelado em Inteligência Artificial e Bacharelado em Tecnologia da Informação. A decisão foi tomada pela Câmara de Ensino de Graduação (CEG) e representa um marco para o fortalecimento da formação tecnológica na região Norte do país.

Para o pró-reitor de Ensino de Graduação, professor David Lopes Neto, a aprovação reflete o compromisso da Ufam com a vanguarda do conhecimento. “Vivemos um século em que a tecnologia não é apenas uma ferramenta, mas o motor de transformações sociais, inovações e desenvolvimento econômico. Formar profissionais em IA e TI é preparar o Amazonas para não apenas acompanhar essa revolução, mas protagonizá-la”, destacou o gestor. Segundo ele, a iniciativa atende a demandas urgentes do mercado, fortalece a pesquisa e inovação na universidade e contribui diretamente para a inclusão digital e o desenvolvimento regional.

Um legado para o futuro

Para o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, a criação dos novos cursos se insere em um conjunto de medidas estruturantes que deixam um legado duradouro para a educação superior na Amazônia. “Ampliar a formação em áreas estratégicas como Inteligência Artificial e Tecnologia da Informação é uma entrega concreta da nossa gestão à sociedade amazonense. É um passo que projeta a universidade para o futuro, assegurando oportunidades, inovação e desenvolvimento sustentável para as próximas gerações”, afirmou. Ele também destacou que a iniciativa fortalece o protagonismo regional da Ufam no cenário acadêmico e tecnológico nacional.

Estratégia, inovação e soberania tecnológica

O diretor do Instituto de Computação (IComp), professor José Luiz de Souza Pio, ressaltou o caráter estratégico da medida. Para ele, os novos cursos representam um avanço educacional e econômico para o Norte do Brasil, fomentando a geração de empregos qualificados e reduzindo a dependência de soluções externas. “São instrumentos fundamentais para transformar conhecimento em desenvolvimento sustentável e autonomia tecnológica para a região amazônica”, defendeu.

De acordo com o professor, o curso de Bacharelado em Inteligência Artificial irá preparar profissionais com competências avançadas em aprendizado de máquina, robótica e visão computacional. Já o curso de Bacharelado em Tecnologia da Informação terá uma formação mais ágil e focada nas demandas práticas de setores como o Polo Industrial de Manaus, com ênfase em segurança da informação, redes e suporte tecnológico.

Formação ética, aplicada e com foco regional

Para o coordenador do curso de Bacharelado em Inteligência Artificial, professor André Luiz da Costa Carvalho, a criação do curso responde a uma lacuna nacional: o déficit de profissionais qualificados em IA no Brasil. “É uma formação estratégica para a Amazônia, com forte potencial para resolver desafios locais como o monitoramento ambiental, impulsionar a economia regional e combater a evasão de talentos”, explicou. O curso terá duração de quatro anos, será ofertado em período integral e pretende formar especialistas conscientes dos impactos sociais da tecnologia.

Já o coordenador do curso de Bacharelado em Tecnologia da Informação, professor João Marcos Bastos Cavalcanti, reforça que a Ufam responde a uma crescente demanda social por novos perfis profissionais em Computação. “A Computação vem se consolidando como protagonista nas transformações tecnológicas da sociedade. A Ufam está atenta a esse cenário e cumpre seu papel ao ofertar uma formação alinhada às necessidades de um mercado em constante evolução”, afirmou.

Nova estrutura de ingresso e flexibilidade na escolha da formação

Segundo a diretora do Departamento de Registro Acadêmico (DRA/PROEG), Izaura Jardim, os novos cursos passam a integrar a chamada Área Básica de Ingresso (ABI) – Computação, que incluirá agora quatro cursos: Ciência da Computação, Engenharia de Software, Inteligência Artificial e Tecnologia da Informação. A partir de 2026, os cursos serão ofertados nos processos seletivos regulares da universidade — o Processo Seletivo Contínuo (PSC) e o Sistema de Seleção Unificada (SISU) — com 112 vagas ao todo, sendo 56 para cada forma de ingresso.

A diretora explica que, após a conclusão da área básica, o estudante poderá escolher qual curso deseja seguir, já com uma base sólida que permitirá uma decisão mais segura e alinhada ao seu perfil. “Esse modelo contribui para uma formação mais completa, flexível e adaptada às vocações de cada estudante, além de otimizar o aproveitamento acadêmico e reduzir a evasão”, avaliou.

Remanejamento de vagas

Com a criação dos novos cursos, também foi aprovado o remanejamento de vagas dos cursos de Ciência da Computação e Engenharia de Software, ambos já vinculados ao IComp. A medida visa equilibrar a distribuição de vagas conforme a nova estrutura da ABI-Computação, garantindo equidade e eficiência no acesso às diversas formações ofertadas pelo Instituto.

Ufam na vanguarda da tecnologia

Com essa decisão, a Ufam se consolida como uma das universidades públicas brasileiras mais alinhadas às demandas contemporâneas do mundo digital. Os novos cursos reforçam a posição da instituição como referência na formação de profissionais capacitados para impulsionar a transformação tecnológica, com responsabilidade social, base científica sólida e compromisso com o desenvolvimento sustentável da Amazônia e do Brasil.

Por Carla Santos, equipe Ascom/ Ufam.