UFU reforça reforça empreendedorismo com apoio do Sebrae

Parceria visa ao treinamento de estudantes e professores da graduação e da pós de todas as áreas

Por: Marco Cavalcanti

O reitor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Carlos Henrique de Carvalho e o gerente da Regional Triângulo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Minas Gerais  (Sebrae-MG), William Brito, assinaram, na manhã de sexta-feira, 5/9, um acordo para implantação da metodologia Empresa Simulada nos cursos de graduação e pós-graduação da UFU.

Assinatura de acordo reuniu representantes da UFU e do Sebrae na Reitoria (foto: Milton Santos)

A Empresa Simulada é uma metodologia que é implementada por meio de um software com o objetivo de oferecer a estudantes uma experiência de aprendizagem em um mercado simulado, conectado com uma rede global de participantes. A intenção é promover o desenvolvimento de competências em gestão de negócios e atitudes empreendedoras para os estudantes “aprenderem fazendo”.

“Hoje não tem como discutir a relação universidade e sociedade sem passar pelo empreendedorismo. Lógico que não é a única vertente, tem outras. Mas é aquela que a gente não pode abdicar. A gente tem que trabalhar nessa direção, focando nesses aspectos, envolvendo, também, outros atores da sociedade. E o Sebrae tem sido muito aberto em relação a isso”, destacou Carvalho, durante a assinatura do documento que selou a parceria.

Conforme explica o gerente da Regional Triângulo do Sebrae, a metodologia simula uma situação real e é uma oportunidade para quem está estudando de poder exercer cargos e funções em uma empresa e conhecer a realidade de um dia a dia empresarial. 

“Não que o Sebrae entenda que as pessoas devam sair dos seus cursos e depois abrir um CNPJ. Não é nada disso. Mas, compreender essas etapas que envolvem liderança, planejamento, gestão… inclusive para a vida”, destaca Brito.  

O gerente do Sebrae afirma que o projeto não é exclusivo para os cursos de Administração, Economia ou Ciências Contábeis, por exemplo. “A Empresa Simulada pode ser desenvolvida em quaisquer cursos, inclusive multidisciplinarmente. Podem ter na mesma empresa alunos da Administração, da Engenharia, da Computação e de outros. Vai servir a todo ambiente acadêmico da universidade”, esclarece Brito.

Carlos Henrique de Carvalho assinou acordo que ensina empreendedorismo de forma prática (foto: Milton Santos)

Fabiana Queiroz, analista da microrregião Uberlândia da Regional Triângulo do Sebrae, complementa que a Empresa Simulada é um software que faz com que o professor atue junto com o aluno na prática de empresariar, com todos os seus critérios. “É uma simulação onde o aluno vai poder comprar matéria-prima, vender produto, produzir, gerir mercado internacional e, nessa plataforma real,  todas as simulações de uma vida empresarial acontecem como uma grande Matrix. Só que ela não é um jogo. Ela é prática simulada da atividade gerencial em um ambiente virtual”, afirma

Para Luciana Carvalho, diretora de Inovação e Transferência de Tecnologia da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da UFU, as atividades que serão desenvolvidas a partir do acordo e o trabalho realizado pelo Centro de Incubação de Atividades Empreendedoras (Ciaem/UFU) são complementares.

“Os alunos, na medida em que desenvolvem competências empreendedoras, podem montar empresas reais, start-ups, posteriormente. E o Ciaem é uma incubadora que tem como objetivo apoiar essas empresas. Entendemos que estimulando a cultura empreendedora por meio da Empresa Simulada nós podemos criar futuras empresas que serão incubadas no Ciaem”, comenta a diretora.

Vívian Duarte, docente de empreendedorismo da Faculdade de Gestão e Negócios da UFU, diz que “a proposta visa a capacitar cada vez mais docentes de diferentes cursos para que eles levem a metodologia não só para as disciplinas comuns dos cursos, mas também como projetos nas Empresas Juniores, nos Pets [Programas de Educação Tutorial], nos projetos extensionistas”. 

A professora vai coordenar os trabalhos de implementação da metodologia, que será dividida em módulos, como Finanças, Gestão de Pessoas, Operações etc. “Nosso objetivo é desenvolver as competências empreendedoras nos estudantes. A ideia é que, ao utilizar a Empresa Simulada, o estudante tenha a aplicação teórica na prática”, reforça Vívian Duarte.

Fonte: Portal Comunica (UFU)