Emoção e resgate nos 112 anos da UNIFEI

Conselheiros, homenageados, relatores e familiares de Jaime Petit

Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) conta a sua história ao longo de seus 112 anos, completados no último dia 23 de novembro. E tudo começou com o advogado Theodomiro Carneiro Santiago. Em nossa sede histórica, no centro de Itajubá, encontra-se o mausoléu do fundador visionário e centenas de objetos utilizados em salas de aula por milhares de estudantes. Theodomiro que por ser um visionário também teve que se exilar por cinco anos, em Portugal, até que o país se retratasse e o sonho de um educador acima de tudo se transformasse em realidade.

Comemorar 112 anos de uma instituição como a nossa é também reescrever a história daqueles que contribuíram para construir uma universidade muito acima da média. Mas, antes dos devidos registros, vale ressaltar o espírito das atuais celebrações, que hoje unem passado, presente e futuro.

Mesa de honra do evento

No coração da Unifei, bem no centro do campus Itajubá, a Biblioteca Mauá (BIM) foi palco da celebração que homenageia alunos, ex-alunos, professores, ex-professores (sempre professores), autoridades e corpo técnico. O sorriso do reitor, Marcel Parentoni, e da vice-reitora, Janaína dos Santos, refletia a dimensão do que esta data representa.

A programação da concorrida solenidade começou com a entrega dos títulos de Mérito Universitário concebidos por uma comissão especial constituída por professores e técnicos administrativos da Universidade. Servidores homenageados dos campi de Itabira e Itajubá receberam as suas placas por relevantes serviços prestados à Unifei. Foram eles:

Homenageados com o Mérito Acadêmico

– Laerte Barbosa – servidor / Itabira;

– Heitor Guy Mendes Costa – servidor / Itabira;

– Francisco Roberto Maia – servidor desde 1974 / Itajubá;

– MárcioTsuyoshi Yasuda – professor / Itabira;

– Waldir de Oliveira – professor / Itajubá.

Diplomação de Engenheiro

Um dos relatos sobre Jaime Petit sendo apresentado ao público

A entrega do título de Engenheiro Eletricista Honoris Causa aconteceu logo a seguir. E foi o ponto culminante da cerimônia. O homenageado neste ano de 2025 foi o estudante Jaime Petit da Silva, desaparecido nos idos da Ditadura Militar um ano antes de se formar em Engenharia Elétrica pela então Escola Federal de Engrenharia de Itajubá – EFEI.

Relatores sobre Jaime Petit

Coube ao professor Thiago Clé de Oliveira, chefe de Gabinete da Reitoria e ex-presidente do Diretório Acadêmico da Unifei, fazer uma costura minuciosa dos vários momentos vividos por Jaime Petit. E o que se viu foram relatos emocionados daqueles que conviveram com o homenageado humanista:

– Carlos Vitor Delamonica;

– Edson José Riera;

– Luiz Gonzaga Rennó Salomon;

– Luiz Sebastião Costa;

– Ricardo Pinto Pinheiro;

– Sérgio Costa.

Reitor lendo a outorga do Diploma de Engenheiro Eletricista Honoris Causa

Laura Petit e Clóvis Petit, irmãos do homenageado, receberam o título de Engenheiro Eletricista Honoris Causa das mãos do reitor, Marcel Parentoni.

Laura Petit em seu discurso de agradecimento
Placa comemorativa entregue aos relatores

Para finalizar uma das mais concorridas solenidades dos últimos tempos, o reitor, professor Marcel Fernando da Costa Parentoni, além de citar a sua vice-reitora, Janaina dos Santos, como a primeira mulher a ocupar um cargo dessa envergadura na história de Unifei, trouxe à baila os versos de “O Bêbado e o Equilibrista”, de Aldir Blanc e João Bosco. Acompanhe neste link a íntegra das palavras do reitor da Unifei.

Reitor durante seu discurso
Reitor e Vice-Reitora cortando o bolo que foi servido aos participantes do evento

Breve Histórico

Complexo Histórico e Cultural da UNIFEI (CHC)

A UNIFEI, fundada em 23 de novembro de 1913, com o nome de Instituto Eletrotécnico e Mecânico de Itajubá (IEMI), por iniciativa do advogado Theodomiro Carneiro Santiago, foi, à época, a décima escola de engenharia a se instalar no país.

E não demorou para o IEMI se destacar na formação de profissionais especializados em sistemas energéticos, como geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.

Acervo do CHC

O então instituto foi reconhecido oficialmente pelo governo federal em 05 de janeiro de 1917. Em 15 de março de 1936, o nome da instituição foi mudado para Instituto Eletrotécnico de Itajubá (IEI), e em 30 de janeiro de 1956, 20 anos depois, o IEI foi federalizado.

A denominação IEI foi alterada novamente em 16 de abril de 1968 para Escola Federal de Engenharia de Itajubá (EFEI).

A competência e o renome adquiridos em mais áreas de atuação conduziram ao desdobramento do seu curso original em cursos independentes de engenharia elétrica e de engenharia mecânica, com destaque especial para a eletrotécnica e a mecânica plena. E no mesmo ano, em 1968, a instituição iniciou seus cursos de pós-graduação.

Acervo do CHC

Dando prosseguimento a uma política de expansão capaz de oferecer um atendimento mais amplo de formação de profissionais da área tecnológica, a instituição partiu para se transformar em universidade especializada nesta área tão cara nos dias de hoje; meta que começou a se concretizar em 1998 com a expansão de dois para nove cursos de graduação. Posteriormente, foram implantados os cursos de graduação em física bacharelado e física licenciatura.

A concretização do projeto de transformação em universidade deu-se em 24 de abril de 2002, por meio da sanção da lei nº 10.435, pelo então presidente da república, Fernando Henrique Cardoso.

Acervo do CHC

A ousadia e o espírito empreendedor de seu fundador, Theodomiro Carneiro Santiago, fizeram com que a instituição expandisse suas atividades para além de seu campus em Itajubá, instalando um campus avançado na cidade de Itabira, também no estado de Minas Gerais, cujas atividades tiveram início em julho de 2008 com a realização de seu primeiro vestibular.

Desde sua fundação, a instituição tem suas bases consolidadas na formação de profissionais que colocam “a mão na massa”, através de uma postura permanente de indagação e de pesquisa.

Com o mesmo arrojo do fundador, a instituição assume seu papel na formação, geração e aplicação de tecnologia com cunho eminentemente de responsabilidade social dentro de um contexto que se fez regional e que se amplia para a forte inserção internacional, através de seus projetos acadêmicos sempre vinculados às necessidades socioeconômicas do mundo atual.

Hoje a instituição abriga laboratórios modernos, amplos parques tecnológicos, centros de pesquisas do Pré-Sal, jardins bem cuidados, instalações confortáveis e a melhor assessoria estudantil entre as universidades federais do Brasil.

“Revelemo-nos mais por atos do que por palavras…”

                                                                                                                 Theodomiro Carneiro Santiago