Não é uma questão de “placard” – Sobre cotas segundo Elio Gaspari

Se a política de cotas é essa unanimidade toda alardeada por seus promotores, se teve sua legalidade atestada pelo STF, se foi consagrada pelo Congresso Nacional, se intelectuais, artistas, líderes políticos, governantes, enfim toda a nação a aclamam como uma política necessária, justa, sem efeitos colaterais, por que seus entusiastas continuam repetindo à exaustão suas virtudes?

Não sei a quanto anda o “placard” mas, segundo o renomado jornalista, o INEP teria feito mais um gol por ela. No caso o instituto que opera o ENEM-SISU teria demonstrado que as diferenças entre cotistas e não cotistas na escala de notas do vestibular é quase nada, portanto, os temores de que alunos despreparados para a vida universitária invadiriam os campi, levando à sua derrocada, não se sustentam.

Há dois equívocos nessa argumentação, um aparente e outro mais sutil que talvez nem o próprio autor se dê conta. Começando pelo mais fácil, parece-me que a constatação é uma evidência da não necessidade de cotas, pois se as pontuações são próximas, a concorrência pode ocorrer livremente. Obviamente, se precavendo contra a natural conclusão dos resultados da análise dos dados, o autor argumenta que a política de cotas eleva a autoestima dos estudantes pobres, negros e indígenas que antes nem cogitariam em concorrer a uma vaga no ensino superior. Curiosa forma de elevar a autoestima, ao invés de se dizer a alguém que pode enfrentar um desafio, prefere-se colocá-lo diante da alegoria do desafio, confortando-o em seguida – Você teria podido…

O outro equívoco é aceitar a escala do ENEM como a única e melhor medida para selecionar um estudante para qualquer instituição de ensino superior do Brasil. É claro que o jornalista não questiona isso, aceita como fato consumado, assim como boa parte da sociedade o faz. No entanto, houve muito questionamento sobre a implantação do ENEM como vestibular, que nivelou por baixo a aferição do preparo intelectual de nossos estudantes, o que explica a proximidade das pontuações.

Ganhar o jogo político não é garantia de que a política é a mais apropriada. Os efeitos colaterais da política de cotas+ENEM+SISU, partes indissociáveis de um projeto classista para a educação superior, já surgem no cotidiano das salas de aula, que comissários e intelectuais orgânicos não frequentam.

Luis Paulo Vieira Braga – Publicação Observatório da Universidade

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