Não há risco de proibição de abertura de novos cursos, além de Medicina, diz ministro

BRASÍLIA — Depois de pleitear ao presidente Michel Temer a paralisação na abertura de novos cursos de Medicina por cinco anos, o ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou que não há risco a outros cursos. Nesta quinta-feira, Mendonça defendeu a proposta e disse que ela está em fase final de análise, que cabe a Temer.

— Não há risco de que outros cursos sofram medida semelhante que foi tomada, ou que possivelmente será tomada — declarou, emendando: — Um médico, se for mal preparado, vai comprometer a vida de pessoas — disse, argumentando que deve ser feito uma avaliação técnica entre o aumento da oferta de cursos de medicina e a qualidade do serviço prestado.

Na semana passada, o ministro confirmou que propôs a Temer a proibição a novos cursos de medicina por cinco anos. O MEC alega que o pleito é da própria categoria médica e visa a preservar a qualidade do ensino. A pasta também diz ter levado em conta dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que apontam que o Brasil já atingiu metas na relação alunos e vagas, de cerca de 11 mil ao ano.

Enquanto a abertura dos novos cursos estiver suspensa, caso a medida prospere, o MEC pretende fazer estudos sobre a formação médica no país com o Conselho Federal de Medicina (CFM). Se Temer aprovar a proposta, só serão afetados novos editais.