“Não consigo imaginar um País do tamanho do nosso sem as Universidades Federais”, afirma coordenador do Forgepe

Ao final de três dias de reunião do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Gestão de Pessoas das IFES (Forgepe), o coordenador, Maurício Viegas da Silva (UFRGS), fez um balanço das atividades e destacou que as universidades federais, além de possuírem quadros de servidores, são responsáveis pela formação de um número muito expressivo de profissionais, garantindo inserção social a uma parcela de estudantes que, não fosse o ensino superior público e gratuito, não teriam outra oportunidade de construir uma carreira.

“Eu não consigo imaginar um País do tamanho do nosso sem as Universidades Federais. Nosso sistema está distribuído em todo o Brasil, gerando crescimento em todas as regiões. Muito além da gestão de pessoas, trabalhamos com produção de conhecimento, maciçamente, com programas de pós-graduação alcançando conceitos 6 e 7 na CAPES. É na universidade que está a produção de conhecimento, de extensão, de inovação e internacionalização e tudo isso possibilita o crescimento social e econômico no País.”

Para o secretário nacional do Forgepe, Everton Silveira, todo investimento nas universidades federais possui o fator multiplicador. “Toda universidade é naturalmente um elemento fomentador e catalizador de outros investimentos, com perspectiva do crescimento econômico, o que nos leva a pensar em educação como um dos melhores formatos de investimento público”, finaliza.

O Forgepe se reuniu em Brasília, entre os dias 20 e 22 de fevereiro, para seu 17º Conselho Pleno, com reuniões dos grupos regionais e pauta bastante ampla. O primeiro dia de evento teve a participação dos diretores da Secretaria de Educação Superior (SESU), Weber Gomes de Souza (Coordenador Geral de Planejamento e Orçamentos das Instituições Federais de Ensino); Webster Spiguel Cassiano (Coordenador Geral de Recursos Humanos); e Eduardo Batista dos Santos (Coordenador Geral Substituto).

“Tratamos sobre o quadro de referência dos técnicos administrativos, especialmente a questão de não termos conseguido completar o quadro, em função de que vários cargos foram extintos ou porque a universidade tem demanda por outro cargo. Também levamos à SESU a questão de funções gratificadas em novas universidades e de novos campi”, enumerou Maurício.

Maurício Viegas ressaltou que a conjuntura política, que caracterizou como “momento de indefinição”, faz com o que o fórum esteja ainda mais atento. “A indefinição de políticas nas áreas de gestão de pessoas nos preocupa. Não podemos contar com modelos nacionais de políticas, já que as universidades possuem vocações próprias. Quando se fala em modelo nacional de direcionamento, em avaliação de desempenho como sendo igual para todos, nos causa muita preocupação, pois as políticas públicas devem levar em conta as particularidades de cada universidade federal.”

Sobre outros pontos da pauta, Everton explicou que a estrutura de trabalho do Forgepe é constituída a partir de grupos de trabalho temáticos (GTs), assessorando o fórum com relatórios ou documentos que possam, de fato, fomentar políticas. Hoje há seis grupos tratando sobre carreira, vigilância, saúde do servidor e perfil das universidades. “Nessa reunião, recebemos questões relativas à carreira dos técnicos administrativos, onde há um déficit de pessoal para atender a todas as necessidades das universidades e, também, sobre segurança, vigilância e saúde no trabalho.”