Presidente do CGTIC fala sobre reunião plenária realizada em Brasília

Durante os dias 10 e 11 de abril, o Colégio de Gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação das Instituições Federais de Ensino Superior (CGTIC) esteve reunido, na sede da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília, para tratar de pautas de interesse das universidades federais e da preparação do encontro anual, previsto para o mês de junho. Foi sobre isso que ouvimos o coordenador do colégio, professor Luciano Gonda (UFMS).

Na oportunidade, o secretário executivo da Andifes, Gustavo Balduino, apresentou um panorama da atuação da associação ao longo dos 30 anos de sua fundação, a serem celebrados em maio. Gustavo realizou também o lançamento do selo comemorativo, alusivo à data. 

De acordo com o professor, a tecnologia da informação amplia, fomenta e facilita todo o processo organizacional das universidades, auxiliando na otimização das atividades administrativas, facilitando a comunicação entre setores e auxiliando, inclusive, na redução de custos de alguns serviços e custos operacionais. A programação completa da reunião pode ser conferida aqui

Professor, qual foi a pauta desse encontro?
Luciano Gonda – Na verdade, foram várias pautas, externas e internas. Tratamos sobre os diplomas digitais; discutimos sobre legislação e tecnologia; sobre a adoção obrigatória do Sistema Integrado de Administração de Serviços (SIADS), que é o sistema para patrimônio e almoxarifado; e, também, realizamos uma apresentação para a coordenação de auditoria de Tecnologia da Informação (TI) da Controladoria Geral da União (CGU), recém-criada, entre outros assuntos.

Quais foram os encaminhamentos dessas discussões?
Luciano Gonda – Será criado um grupo de trabalho sobre o SIADS para conversar com o Tesouro, juntamente com o Fórum de Pró-Reitores de Planejamento e Administração (Forplad). Essa é a ideia para discutir melhor a adoção do sistema obrigatório. Na portaria, consta como adoção obrigatória, mas nosso desejo é reverter isso, porque as universidades têm sistemas já desenvolvidos.

Na prática, isso pode trazer prejuízo para as universidades?
Luciano Gonda – Será um trabalho dobrado. Um exemplo prático: imaginemos que seja trocado o chefe de um setor. Nesse caso, a carga patrimonial irá automaticamente para ele, e o novo chefe sai do nosso sistema de gestão de pessoas, que traz, automaticamente, essa informação. Então, queremos ver a possibilidade de continuarmos alimentando a via de serviços (Web Services), com os nossos dados e não ao contrário.

Sobre o diploma digital, qual é a principal mudança?
Luciano Gonda – Vai haver muito mais agilidade no processo de emissão dos diplomas, além da redução de papel utilizado. Além disso, haverá otimização do tempo produtivo dos reitores e, na colação de grau, o estudante já vai sair com o diploma em mãos, substituindo o diploma impresso.

O evento anual, previsto para ser realizado entre os dias 4 e 6 de junho, tem como temática “As IFES e o desafio da integração dos serviços, processos e órgãos públicos”. Há bastante concordância com o que vocês estão tratando nessa reunião.
Luciano Gonda – Sim. Trata-se de um evento anual, onde recebemos palestrantes e é importante porque envolve os gestores e a equipe técnica. Há o compartilhamento das soluções de TI, que foram feitas localmente, por diferentes equipes e que, em geral, podem ser expandidas para além da troca de experiências entre as universidades.

Qual é a importância da Andifes para a atuação do CGTIC?
Luciano Gonda – A Andifes tem o papel fundamental de interagir com os órgãos externos, pois é ela quem tem essa representatividade. É ela que atribui grandeza à atuação do CGTIC.

Como você imagina o Brasil sem as Universidades Federais?
Luciano Gonda – Na verdade, não imagino. A universidade tem um papel fundamental na educação das pessoas, muitas das quais não teriam oportunidade de sobreviver no mercado de trabalho. Eu acredito que só não reconhece a importância das universidades federais quem não as conhece realmente. Sem elas, o país iria parar de produzir e de graduar grandes profissionais que não teriam outra oportunidade.