Andifes visa parceria com embaixadas para fomentar Programa Idiomas Sem Fronteiras

A diretoria executiva da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais do Ensino Superior (ANDIFES) se reuniu nesta terça-feira (3) com representantes das embaixadas da Alemanha, Bélgica, Espanha, Estados Unidos, Itália e Japão para tratar sobre parcerias que visem ampliar a oferta e o alcance da Rede Andifes Idiomas Sem Fronteiras (Rede Andifes IsF).

De acordo com o presidente da Andifes, reitor Edward Madureira (UFG), o diálogo que se iniciou a partir dessa primeira reunião fortalece as ações de internacionalização já desenvolvidas pelas universidades federais brasileiras e vai além do aprendizado de outros idiomas. “Trata-se de qualificação de professores para que possamos ampliar o atendimento de estudantes no ensino de idiomas. E é ainda uma possibilidade muito concreta de potencializar a relação das universidades brasileiras com universidades da América do Norte, da Europa, Ásia, África e países também da América do Sul, para fortalecer a cooperação internacional, o intercâmbio de estudantes, de técnicos e de professores”, garante.

O reitor afirma ainda que as universidades federais estão alcançando um novo patamar no que diz respeito a parcerias intercontinentais. “As 69 universidades ligadas à Andifes, bem como os dois CEFETs, têm todo interesse nessa categoria que nossas universidades estão se inserindo”, celebra.

Conforme avalia o coordenador do Conselho de Gestores de Relações Internacionais das Instituições Federais de Ensino Superior (CGRIFES), professor Waldenor Barros Moraes Filho, a reunião foi bastante promissora para o programa. “As parcerias são fundamentais para o intercâmbio entre instituições e países e essa reunião foi importante para o fortalecimento da Rede IsF Andifes. Reunimos parceiros que já atuavam no programa, porém aguardavam o momento certo para formalizar a participação no programa, agora sob a articulação política e institucional da Andifes”, detalha.

Ainda de acordo com o professor Waldenor, as parcerias serão firmadas de acordo com o potencial e a disponibilidade de cada instituição. “Esse trabalho conjunto se dará de múltiplas formas, como a disponibilização de materiais e de profissionais”, afirma.

Segundo a professora Denise Abreu e Lima, que foi a responsável pela coordenação do IsF durante o período em que o programa ficou sob a responsabilidade da Secretaria de Ensino Superior do MEC, o propósito é formar profissionais capacitados e amplia o acesso de estudantes a esse intercâmbio. “Queremos que o programa chegue ao país inteiro e não a pequenos grupos privilegiados. Há o desejo e a necessidade de fomento da oferta de línguas, como o japonês, pelas universidades que mantém parceria firmada com universidades pelo mundo todo”, garante.

O Programa
A Rede Idiomas sem Fronteiras (IsF) foi criada em 2012 por um grupo de especialistas em línguas estrangeiras. A partir de uma iniciativa apresentada pela Andifes à Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação, o programa foi desenvolvido para auxiliar estudantes de nível superior a terem acesso aos programas de mobilidade ofertados pelo Governo Federal.

O Programa tornou-se uma importante ferramenta no processo de internacionalização e para contribuir para o desenvolvimento de uma política linguística nas universidades brasileiras, além de promover residência docente para os futuros profissionais do ensino de línguas estrangeiras.

Desde outubro de 2019, com o cancelamento das atividades do IsF pelo Ministério da Educação, a Andifes acolheu a proposta dos docentes envolvidos na iniciativa, mantendo os mesmos objetivos de trabalho do Programa, porém coma perspectiva de novas propostas a serem tratadas nas próximas reuniões previstas.