UFSJ lança cartilha com orientações à mulher em situação de violência

O programa de extensão da UFSJ Entre idas e vindas: construindo fluxos e fortalecendo redes de cuidado à mulher em situação de violência no município de São João del-Rei lançou cartilha informativa sobre o tema, nesta sexta, 27. A ação marca as atividades realizadas para pensar o Dia Internacional de Combate à Violência contra Mulheres e Meninas, celebrado no dia 25 de novembro. O material está disponível na página do Instagram do programa, onde os interessados podem ainda encontrar diversos posts sobre o assunto.

A cartilha traz informações detalhadas sobre a rede de atendimento disponível às mulheres em situação de violência, facilitando a procura por acolhimento e a orientação de quem necessita. A intenção é multiplicar o conteúdo do material, tendo como foco a prevenção, o apoio e o enfrentamento à violência contra a mulher. O público-alvo se estende aos profissionais que atuam nas áreas de Saúde, Serviço Social e Segurança Pública, visando o fomento de políticas públicas neste sentido.

O programa da UFSJ é composto por docentes e alunas dos cursos de Psicologia e Medicina do Campus Dom Bosco da UFSJ. 

A data

O Dia Internacional de Combate à Violência contra Mulheres e Meninas foi estabelecido no Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado na cidade de Bogotá, Colômbia, em 1981, como homenagem às irmãs Mirabal. Conhecidas como Las Mariposas, essas três mulheres viviam a militância política, lutando por soluções para os problemas sociais da República Dominicana, país gerido por uma ditadura à época. Após visitarem seus maridos, presos em Puerto Plata, foram mortas na estrada, por agentes do governo militar, que simularam um acidente, naquele 25 de novembro de 1960.

Em 1999, a data foi proclamada como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). 

Os dados

De acordo com a Organização Mundial de Saúde e o Atlas da Violência, a taxa de feminicídio no Brasil é a quinta maior do mundo, com média de 4,8 assassinatos para cada 100 mil mulheres. A morte violenta intencional de mulheres no ambiente doméstico cresceu 17% em cinco anos. 

Em 2019, foram registrados 1.314 feminicídios no Brasil, o maior número de casos desde 2015, quando entrou em vigor a lei que caracteriza o crime como hediondo, na categoria de homicídio qualificado.