Instituições federais de Ensino Superior de Pernambuco fazem ato virtual contra cortes no orçamento

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), juntamente com cinco universidades e institutos federais do Estado, promoveu, na tarde dessa segunda-feira (29), ato virtual em defesa da recomposição do orçamento para as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), que sofreu corte de aproximadamente 18% no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) aprovado na última quinta-feira (25), no Congresso Nacional.

A manifestação foi realizada com transmissão ao vivo pelo canal da UFPE no YouTube e teve a participação de representantes do seguimento e de parlamentares atuantes na defesa da educação pública, gratuita, inclusiva e de qualidade.

As universidades federais calculam uma redução da ordem de R$ 1,2 bilhão no orçamento para este ano, valor que ameaça a permanência de estudantes mais vulneráveis e até mesmo pesquisas de combate à covid-19.

De acordo com o presidente da Andifes, reitor Edward Madureira, o cenário é extremamente preocupante. “Para atender os estudantes vulneráveis, os recursos do Pnaes (Plano Nacional de Assistência Estudantil) teriam de ser de R$ 1,5 bilhão. Já temos evasão porque o recurso é insuficiente. Com 20% a menos do Pnaes, o impacto na evasão é imediato”, detalha.

Ainda segundo Madureira, a redução orçamentária poderá levar as universidades federais do país a reduzirem atividades de ensino, pesquisa e até mesmo ações de enfrentamento à pandemia em 2021. “A situação é extremamente delicada, porque é um corte alto depois de 5 anos com o orçamento congelado. Já estamos há anos fazendo ajustes, cortes, carregando dívidas. Não há mais como reduzir sem afetar as atividades”, afirma.

Além do presidente da Andifes, participaram do ato o reitor e o vice-reitor da UFPE, Alfredo Gomes e Moacyr Araújo, os reitores Marcelo Carneiro Leão (UFRPE), Airon Aparecido Silva de Melo (Ufape), Paulo César Fagundes Neves (Univasf), José Carlos de Sá (IFPE) e Maria Leopoldina Veras Camelo (IF Sertão-PE), representantes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), União Nacional dos Estudantes (UNE), Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), Academia Pernambucana de Ciência (APC), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Pernambuco (Secti), Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), parlamentares da bancada pernambucana, Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), e os deputados pernambucanos Carlos Veras (PT), Túlio Gadêlha (PDT), Danilo Cabral (PSB), Marília Arraes (PT) e Tadeu Alencar (PSB).