O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), reitor Edward Madureira, participou de uma audiência pública para tratar sobre “Os impactos do orçamento do Ministério da Educação para a educação brasileira em período de pandemia“. Promovida pela Comissão Externa da Câmara dos Deputados destinada a acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos do Ministério da Educação (MEC), a audiência ocorreu na tarde desta quarta-feira (23), de modo virtual.

O presidente da Andifes apresentou um panorama da situação orçamentária das universidades federais, destacando a crescente redução orçamentária para as instituições federais de ensino superior a partir de 2014. “Em 2014 os recursos para as despesas discricionárias das universidades federais eram de R$ 7,4 bilhões e, em 2021, o previsto é R$ 4,3 bilhões, mesmo com o acréscimo de mais de 150 mil estudantes e seis novas universidades. Alguém pode perguntar: ‘como sobrevivemos?’. A resposta é que simplesmente deixamos de fazer coisas. Por exemplo, paramos de investir em manutenção predial e deixamos serviços como segurança e limpeza no mínimo, e o mais grave: cortes na assistência estudantil”, detalhou.

Edward reafirmou a necessidade de apoio dos parlamentares para que o Governo Federal apresente um Projeto de Lei do Congresso Nacional para recompor R$1 bilhão no orçamento das universidades, conforme foi acordado antes da votação do orçamento para 2021. “Com o orçamento atual, as universidades chegam, no máximo, até agosto ou setembro podendo honrar com os seus gastos básicos”, alertou.

Presidida pelo coordenador da comissão, deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES), e mediada pelo deputado federal Eduardo Bismarck (PDT-CE), a audiência teve ainda como convidados Vitor de Angelo, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), e Tassia Cruz, gerente-executiva do Centro de Inovação em Políticas Educacionais (Ceipe).

Veja a fala do presidente da Andifes na íntegra: