UFMG auxilia mulheres vítimas de violência em BH

Campanha #PortodasBH recorre a dados oficiais e a relatos anônimos para traçar medidas de prevenção

Em Belo Horizonte, a violência doméstica contra as mulheres cresceu 7% entre 2018 e 2020. Esse índice, no entanto, pode ser ainda maior, com grande volume de subnotificação de casos, em decorrência das medidas de isolamento social impostas pela crise sanitária, que tanto aumentam a convivência doméstica quanto dificultam a efetivação de denúncias. Um número fornecido pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deamid/BH) é um indicador dessa tendência. Somente nos quatro primeiros meses de 2021, o órgão expediu 2.266 medidas protetivas.

Nesse cenário, equipe da UFMG lançou a campanha #PortodasBH, que utiliza dados dos Boletins de Ocorrência (BO) e relatos anônimos em formulários on-line para subsidiar as ações de prevenção e proteção das vítimas. O lançamento ocorreu pelo YouTube, e a campanha pode ser acompanhada no perfil no Instagram. A iniciativa é uma das atividades do projeto de ensino, pesquisa e extensão Crimes Contra a Mulher (Crim/UFMG), criado em 2019 para combater a violência de gênero por meio da conscientização social.

Em entrevista à TV UFMG, Luiza Martins e Bruna Lima, que atuam na campanha #PortodasBH, e a delegada Isabella Oliveira, titular da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerâncias (Demid/BH), falam sobre a importância da iniciativa.

Entrevistados: Luiza Martins (coordenadora da campanha #PortodasBH), Bruna Lima (integrante da campanha) e a delegada Isabella Oliveira (titular da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerâncias)

Equipe: Soraya Fideles (produção e edição de conteúdo), Ravik Gomes (produção) e Otávio Zonatto (edição de imagens)

Imagens: Crim/UFMG