UFSC – Boletim do Necat aponta persistência de alta transmissão da Covid-19 em SC

O Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) emitiu o 62º boletim de acompanhamento da pandemia de Covid-19, intitulado “A taxa de transmissibilidade da Covid-19 continua elevada em Santa Catarina”.

O documento analisa os números da pandemia na semana de 9 a 16 de julho, período em que Santa Catarina registrou 14.458 novos casos e 268 novos óbitos, elevando o número de casos no Estado para 1.088.880 e o número de mortes para 17.520. “Em função disso, SC se manteve no 2º lugar no ranking nacional dentre os estados com o maior número de registros da doença a cada 100 mil habitantes”, enfatiza o documento. Santa Catarina é também o 10º estado com maior número de óbitos.

A análise da matriz de risco divulgada pelo governo estadual evidencia que permanece alta a contaminação: “o número de reprodução efetivo (Rt) – indicador que mede a taxa de transmissão do vírus na população – atingiu o patamar de 0.96, consolidando-se ainda uma situação gravíssima em sete das dezesseis regiões de saúde do estado”. Esse número de reprodução não é uniforme, variando entre as diferentes mesorregiões de 0.88 (Grande Oeste) a 1.0 (Foz do Rio Itajaí e Alto Vale do Itajaí).

De acordo com o boletim, essa é a primeira semana desde o mês de março de 2021 em que não há pacientes em fila de espera por um leito de UTI, porém “o número de óbitos diários permanece num patamar elevadíssimo, fazendo com que SC mantenha o 15º maior coeficiente de mortalidade do país a cada 100 mil habitantes”.

O boletim também traz análises detalhadas das diferentes mesorregiões do Estado, os dez municípios com maiores números de contaminações, a evolução temporal de casos e óbitos no Estado. De acordo com o documento, a pandemia continua em situação ainda “muito grave” no Estado. “A continuidade de alguns desses indicadores em situação crítica na semana considerada evidencia que ainda são necessárias medidas restritivas para se achatar a curva de contágio e, com isso, reverter parte da tragédia humana que também se abateu sobre Santa Catarina”, conclui.

O boletim é assinado pelo professor Lauro Mattei, coordenador-geral do Necat.

A íntegra do boletim pode ser acessada em: Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (ufsc.br)