UFPB discute com PMJP parceria para criar viveiro florestal e pátio de compostagem em Mangabeira

Reunião contou com participação de representantes da Secretaria de Meio Ambiente de JP

O Reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Prof. Valdiney Gouveia, e a Vice-Reitora, Profa. Liana Filgueira, receberam nesta quinta-feira (02) o Secretário de Meio Ambiente de João Pessoa, Wellinson Oliveira, o Diretor de Estudos e Pesquisas Ambientais da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), Sérgio Chaves, e o Coordenador de Projetos, Alex Rodrigues, para a discussão de projetos ambientais colaborativos entre a UFPB e a Prefeitura de João Pessoa (PMJP).

Ambas as instituições demonstram interesse no avanço de projetos na construção de pátio de compostagem, horto e viveiro florestal na unidade de Mangabeira da UFPB. A parceria envolve, além da ocupação de áreas no Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional (CTDR) e no Núcleo de Pesquisa e Processamento de Alimentos (Nuppa), o desenvolvimento de trabalhos de reaproveitamento da polpa de coco e a produção de mudas nativas para arborização e reflorestamento.

Também participaram da reunião o coordenador da Comissão de Gestão Ambiental (CGA), Prof. Joácio Morais, o diretor do Centro de Tecnologia (CT), Marcel Pinto, e o diretor do CTDR, João Andrade.

Essa colaboração entre instituições começou em 2017, mas sem a continuação dos diálogos, o processo foi arquivado. Com o anúncio da construção do Jardim de Cura no mês passado, representantes da Semam que estavam presentes na cerimônia trouxeram de volta a temática, solicitando uma reunião para a retomada do processo.

“Para nós, o acolhimento que a UFPB teve a esse projeto não é nenhuma surpresa pois sabemos do compromisso que a Universidade mantém com questões ambientais e de sustentabilidade”, comentou o representante da Semam, Sérgio Chaves.

A Vice-Reitora Liana Filgueira destacou o interesse da Instituição em desenvolver uma área de compostagem em parceria com a Prefeitura dentro de um espaço da Universidade. “São áreas da UFPB que estão subutilizadas. Nós temos, dentro do setor do Nuppa, por exemplo, áreas precisando de revitalização. Com a possibilidade de fazermos um viveiro, dentro dessa parceria com o município, nós poderemos reativar o cuidado com o espaço”, afirmou.

Sobre o papel da CGA no projeto, Joácio Morais destacou que o objetivo é buscar soluções técnicas, econômicas e ambientais viáveis para a UFPB. “Não temos maquinário e corpo técnico para atender essas demandas. Por isso a parceria com a Semam vai ser tão benéfica para a nossa Instituição. Além do retorno ecológico, a ocupação do ambiente ainda vai trazer mais segurança aos alunos, servidores e professores do CTDR que estarão circulando naquela área”, apontou o coordenador.

Segundo Marcel Pinto, diretor do CT, a probabilidade de realização da parceria é alta, mas é necessário ainda entender todos os investimentos requeridos para colocar na mesa os ganhos da UFPB e da PMJP e chegar, assim, dentro de um acordo em que ambas as entidades se sintam beneficiadas. Ele detalhou que, no acordo, a Prefeitura poderá operacionalizar esse trabalho para a recuperação da área degradada de floresta na unidade da UFPB no bairro de Mangabeira.

O diretor do CT ressaltou o estímulo à criação de cooperativas e geração de renda para as comunidades ribeirinhas em Mangabeira, o que representaria uma melhoria na qualidade de vida da população e colocaria em prática diversos projetos de pesquisas que já existem nas áreas de Gastronomia e Engenharia de Alimentos.

“Não existe falta de interesse porque o projeto beneficia a todos. Sabemos que, em João Pessoa, existe um alto consumo de coco. E também existem diversos projetos de natureza científica, ligados ao aproveitamento da polpa da fruta, que pode se tornar uma fonte de renda para comunidades do entorno, assim como pode ser utilizada em projetos de extensionistas da UFPB”, pontuou.

A Vice-Reitora falou sobre a pretensão da gestão da UFPB de iniciar, a partir do projeto, a construção de um parque aberto à comunidade. “É uma proposta do Reitor Valdiney Gouveia de termos uma Universidade aberta à população, para que todos possam conhecer e usufruir de uma estrutura ímpar, inserida na Mata Atlântica. Com isso, quem vai sair ganhando, no final, é a sociedade”, concluiu.