Duas novas plantas são descobertas por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia

Do gênero Microlicia, espécies foram encontradas em Uberlândia, Uberaba, na região central de MG e em Goiás.

A Microlicia deflexa foi encontrada tanto em Minas Gerais quanto em Goiás. — Foto: Arquivo dos pesquisadores/Divulgação

Duas novas espécies de plantas foram descobertas em Minas Gerais e Goiás por pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Uberlândia (Inbio/UFU). O estudo foi publicado, no último dia 13, na revista internacional PhytoKeys.

Nomeadas como Microlicia deflexa e Microlicia johnwurdackiana, ambas são do gênero Microlicia. A primeira foi achada no Clube Caça e Pesca Itororó de Uberlândia, no Santuário do Caraça de Catas Altas, na região central de MG e na Serra dos Pireneus (GO). Já a outra espécie foi encontrada apenas nos municípios de Uberlândia e Uberaba.

O nome Microlicia deflexa foi dado em razão das sépalas deflexas nas flores e frutos imaturos, ou seja, viradas abruptamente para baixo. O outro, Microlicia johnwurdackiana, foi uma homenagem ao botânico americano John Wurdack, que estudou a família à qual as espécies descobertas pertencem, a Melastomataceae.

“Há 25 anos, quando iniciei meus estudos com esta família de plantas, ele gentilmente me recebeu no Instituto Smithsonian, em Washington, por um período de três meses me ensinando muito sobre esta família”, disse Rosana Romero, autora do artigo ao lado de Rodrigo Valentim.

A professora do Instituto de Biologia da UFU contou que o gênero Microlicia é bastante expressivo na flora de Minas Gerais, contando com 134 espécies diferentes conhecidas atualmente no estado e um total de 300 distribuídas no país.

Ao estudar as coleções feitas na região, os pesquisadores verificaram que as plantas estudadas não se enquadravam em nenhuma das espécies do gênero.

“Foi um trabalho árduo e demorado, pois envolveu muita pesquisa bibliográfica e consultas a diferentes herbários para se ter certeza de que as plantas que estávamos trabalhando ainda não haviam sido nomeadas”, explicou.

A pesquisa contou com apoio financeiro da UFU, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e também do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Fonte: Portal G1