Andifes realiza primeira reunião presencial do Conselho Pleno após mais de 18 meses

Em formato híbrido, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) realizou a primeira reunião presencial do Conselho Pleno, desde o início da pandemia de Covid-19. Seguindo às recomendações de biossegurança, como o uso de máscara e distanciamento interpessoal, os reitores e reitoras se reuniram em Brasília, onde cumpriram programação durante todo o dia, na quinta-feira (9).

A Plataforma EcoGrad é um sistema digital que garante acesso rápido às informações essenciais do ensino de graduação.

No período matutino, a Andifes lançou a Plataforma EcoGrad, um sistema digital que garante acesso rápido às informações essenciais do ensino de graduação. O Ecograd disponibiliza dados que facilitam e orientam a tomada de decisões e auxiliam na gestão das instituições. O sistema reúne dados do censo da educação superior, indicadores, como ingressos e egressos, evasão, diplomação, empregabilidade, boas práticas das instituições e muito mais.

De acordo com o presidente da Andifes, reitor Marcus Vinicius David (UFJF), o EcoGrad é um importante sistema cooperativo no auxílio da gestão de dados das universidades federais. “Uma função que é absolutamente essencial para o trabalho em rede, em qualquer tipo de organização associativa, como a nossa, é a capacidade de conhecer o nosso sistema, a nossa rede e gerar informações que possam ser apropriadas por nós mesmos, mas também pela sociedade. Nesse sentido, o EcoGrad cumpre um papel absolutamente fundamental. Nós temos, a partir de agora, um conjunto de informações sobre a graduação, sobre os nossos cursos, sobre os alunos das universidades federais, os processos de formação, o perfil dos cursos, uma série de indicadores de gestão, entre outras muitas informações essenciais. Com sistemas como o EcoGrad e o Promover, a Andifes pode reafirmar que cumpre seu papel como entidade associativa”, detalhou.

O secretário executivo da Andifes, Gustavo Balduino, lembrou que os resultados que o EcoGrad apresenta à sociedade são fonte de um esforço coletivo antigo. “O EcoGrad é resultado de muita disposição para reunir um conjunto de técnicos qualificados que pudessem sistematizar as informações e disponibilizá-las para a gestão de cada universidade, de forma participativa, colaborativa e com troca de informações. Em uma década de esforço para que tivéssemos uma ferramenta como essa, vimos muitas mudanças, inclusive da tecnologia. Hoje, temos tecnologias que permitem o compartilhamento desses dados de forma célere e muito mais eficiente. E é importante destacar que esse sistema poderá ser atualizado, complementado, expandido e aprimorado a todo momento. Eu cumprimento a equipe que desenvolveu o sistema, afirmando que o lançamento do EcoGrad é um marco, pois, com essa plataforma, os dirigentes terão nas mãos uma ferramenta de governança robusta, que irá conseguir melhorar ainda mais as universidades federais, para fazer o que elas fazem de melhor: servir aos brasileiros”, declarou.

A coordenadora do Colégio de Pró-reitores de Graduação (Cograd), Socorro Lima, integrante da equipe responsável pelo desenvolvimento do EcoGrad, afirmou que o sistema é uma inovação educacional e tecnológica. “É um instrumento de gestão e governança permitindo que, de forma integrada com toda a rede de educação superior, possamos ter acesso, além dos dados referentes à graduação, a informações referentes às boas práticas de gestão das nossas instituições e aos indicadores de qualidade, assim como a informações que orientem a construção de políticas e ações a partir da análise de dados seguros”, disse.

Além da pró-reitora de graduação, Socorro Lima (UFRPE), a equipe de desenvolvimento do EcoGrad foi composta pelos professores José Jorge Dias (UFPB), Sibele da Rocha Martins (FURG) e Cassiano Caon Amorim (UFJF).

Saiba mais sobre o EcoGrad.

O Promover Andifes tem enorme capacidade de expansão, inclusive, com a participação de instituições de ensino superior internacionais.

Ainda no período da manhã, os reitores e reitoras puderam conferir os resultados das primeiras edições do Promover, o Programa de Mobilidade Virtual da Andifes, lançado esse ano a partir das experiências do ensino remoto. Liderada pelo então presidente da Andifes, reitor Edward Madureira Brasil (UFG), a iniciativa lançou o projeto-piloto em janeiro e sua segunda edição expandida, em maio. No segundo semestre foi aberto o terceiro edital de mobilidade, que tem sido sucesso entre graduandos e docentes das universidades participantes.

“Sem dúvida nenhuma, o programa é um legado dessa pandemia que nos trouxe tanta tristeza e tantos aspectos negativos ao nosso dia a dia. Mas, esse mesmo cenário negativo nos obrigou a recorrermos a tecnologias que já existiam, mas que, de alguma forma, resistíamos a utilizar. Houve influência da necessidade de nos reinventarmos e estimularmos a nossa criatividade, unida ao compromisso de darmos continuidade ao trabalho que realizamos com muita qualidade e responsabilidade”, enfatizou Edward.

Integrante do Promover Andifes desde a primeira edição, a reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia, Joana Angélica Guimarães, afirmou que o Programa tem enorme capacidade de expansão, inclusive, com a participação de instituições de ensino superior internacionais. “O Promover tem a capacidade integrativa de unir uma rede de campi das universidades federais presentes em quase 300 municípios brasileiros. Mas não precisamos parar por aí, porque o potencial de colaboração e expansão é ilimitado”, garantiu.

Para o reitor da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Danilo Giroldo, durante a pandemia as tecnologias permitiram um crescimento da busca por atividades remotas, o que ampliou as expectativas quanto ao Promover. “O desejo de estabelecer uma rede de mobilidade efetiva entre as nossas universidades continua muito presente, independentemente do retorno presencial. Temos os melhores relatos dos professores e estudantes que estão participando das aulas pelo Promover. Os testemunhos sobre a troca de experiências gerada entre graduandos de todas as regiões brasileiras são algo que nos motiva ainda mais”, disse.

Os reitores Edward Madureira e Marcus David lembraram as principais pautas às quais a Andifes se dedicou nos últimos 18 meses.

No balanço das atividades, os reitores Edward Madureira e Marcus David lembraram as principais pautas às quais a Andifes se dedicou nos últimos 18 meses, como a recomposição do orçamento, que levou a reuniões semanais com representantes do Ministério da Educação, de entidades parceiras e com parlamentares de frentes suprapartidárias.

Os músicos Fábio Presgrav e João Paulo Nery fizeram uma belíssima atividade cultural ao encerramento da reunião.

Com senadores e deputados foram tratadas, também, questões como a defesa da autonomia universitária, a nomeação dos reitores e reitoras, entre outras. Foram lembrados os seminários temáticos e as várias ocasiões em que se avaliou o retorno presencial das universidades federais.

A reunião teve também a participação dos coordenadores dos colégios e fóruns assessores da Andifes, e foi composta ainda por pautas internas, balanço de atividades, sessão de homenagens aos ex-presidentes, participação virtual de autoridades e entidades parceiras da Andifes aos reitores e reitoras, além de uma belíssima atividade cultural com a participação dos músicos, Fábio Presgrav, no violoncelo (UFRN), e João Paulo Nery (UnB), no violão.

Assista à apresentação.