UFRN – Alunos do Talento Metrópole conquistam 17 prêmios em olimpíadas científicas

Jovens potiguares do programa Talento Metrópole – iniciativa especializada no ensino para crianças e adolescentes com altas habilidades/superdotação em Tecnologia da Informação (TI) – vêm conquistando os pódios das principais competições científicas do Brasil e, somente nos últimos dois anos, já receberam 17 premiações, sendo dez medalhas (ouro, prata e bronze) e cinco menções honrosas.

Oriundas de olimpíadas e diferentes competições de todo o Brasil, as conquistas são de seis alunos matriculados no programa do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) – Klaus Reiniger, Sara Reyes, Enzo Araújo, Luca Araújo, Daniel Amaral e Isadora Silva – os quais alcançaram prêmios em áreas como Matemática, Informática, Astronomia, Física, Química, entre outras.

“As olimpíadas, além de importantes para o desenvolvimento de habilidades acadêmicas, têm contribuído com uma iniciativa bastante interessante: a oferta, pelos próprios alunos, de formações para essas competições. Assim, quando vemos esses alunos usando seus potenciais para ajudar outros estudantes, é sinal de que o programa está dando muito certo”, comenta Izabel Hazin, coordenadora do Talento Metrópole.

O compartilhamento de conhecimentos científicos, exposto pela professora, rendeu, inclusive, a criação do Projeto UETO, iniciativa que promove mentorias para alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental se prepararem para a Olimpíada Brasileira de Informática (OBI) 2022.

Torneios

Dentre os últimos torneios nos quais os alunos do Talento Metrópole foram premiados, destacou-se a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) de 2021 – na qual os alunos conquistaram uma medalha de ouro e três menções honrosas –, além da OBI 2021, Olimpíada Nacional de Ciências (ONC), entre outras competições.

Ao todo, os alunos conquistaram sete medalhas de ouro, três de prata, duas de bronze e cinco menções honrosas. Segundo os estudantes, a participação e preparação para olimpíadas científicas acontece desde o ensino fundamental, quando, por incentivo das escolas, os jovens são apoiados a competir por medalhas e outros tipos de reconhecimento.

“Comecei a participar das olimpíadas de matemática no 6º ano do fundamental e me interessei ainda mais porque via problemas mais desafiadores do que aqueles que eram propostos pela escola. Acabei tomando gosto por competições de informática, física, química, entre outras”, conta Klaus Reineger, medalhista de ouro da OBMEP 2021, onde atingiu a maior nota em nível nacional.

“Eu reconheço o quanto as premiações abrem oportunidades e, por isso, sempre me sinto instigada a conseguir a premiação. Não para exibir um título, mas para agregar ao meu currículo um diferencial importante. Além disso, acredito que aprendo muito mais estudando para olimpíadas”, comenta Isadora Reyes, estudante de Pau dos Ferros que recebeu menção honrosa na OBMEP 2021 e que acumula premiações desde 2015.

Já para Enzo Araújo, detentor de três medalhas de ouro – pela OBI 2021, ONC 2021 e uma terceira pela Olimpíada Brasileira de Biologia Sintética – o sentimento de conquista aconteceu especialmente na área de Informática.

“Participo das olimpíadas desde o fundamental. No Ensino Médio, comecei a estudar programação e decidi focar na OBI, onde consegui medalha de ouro. Isso serviu para me mostrar que é possível tentar e alcançar resultados se você se esforçar e agir para algo acontecer”, destaca o aluno, um dos criadores do Projeto UETO.

Atualmente, os cinco matriculados do Talento Metrópole começam a se preparar para o ingresso no Ensino Superior. Sara Reyes, que cursa o segundo ano do Ensino Médio, afirma ainda não ter escolhido um curso de graduação específico, mas pretende continuar se desafiando enquanto estudante.

“Adoraria participar de pesquisas ou algo semelhante. Mas a única certeza que eu tenho é que estou tentando me preparar para as surpresas do futuro”, comenta Reyes. A estudante ganhou, em 2021, duas medalhas de ouro: uma na Olimpíada Brasileira de Astronomia e outra no Concurso internacional Canguru de Matemática, além de uma medalha de bronze na ONC 2021 e três menções honrosas.

Já Luca Araújo – detentor de duas medalhas de prata, uma pela OBI 2021 e outra pela Competição Ibero-Americana de Informática e Computação – tem planos de cursar o Ensino Superior no exterior.

“Em 2021, passei pelo processo de aplicação para algumas das melhores universidades dos Estados Unidos e também fui aprovado na Unicamp, pelo processo de vagas olímpicas. Tenho interesse em me formar em Ciência da Computação e Matemática e seguir na área acadêmica, de preferência fazendo pesquisas”, conta o aluno.

Altas habilidades

Apesar de serem jovens com altas habilidades / superdotação em Tecnologia da Informação (TI) e outros conhecimentos em Ciências Exatas, os estudantes do Talento Metrópole enxergam nas competições científicas importantes oportunidades para o desenvolvimento de capacidades intelectuais e pessoais.

“Apesar das altas habilidades, o talento precisa ser desenvolvido justamente por meio de contextos e vivências. E essas competições são cenários propícios para isso, pois percebemos, nesses estudantes que participam das olimpíadas, engajamento, satisfação, prazer e divertimento, além de oportunidades de se fazer novas amizades”, destaca a psicóloga do Talento Metrópole, Juliana Reis.

Além disso, Reis também explica que tais competições contribuem para o desenvolvimento de atributos cognitivos e socioemocionais, como perseverança, capacidade de resolução de problemas, raciocínio abstrato, habilidades sociais, flexibilidade, criatividade, manejo da ansiedade, entre outros.

“São habilidades importantes não somente para os contextos escolares e acadêmicos, mas também para os futuros âmbitos laborais”, pontua a psicóloga.

Ao longo das atividades do Talento Metrópole, vários jovens têm angariado premiações valiosas não apenas no âmbito pessoal, mas também no profissional. “Já tivemos alunos que ingressaram em universidades nacionais, fizeram estágios em empresas como Google e Microsoft e ingressaram em universidade estrangeira”, comenta Juliana Reis.

Prêmios

  • Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) – 1 medalha de ouro / 3 menções honrosas
  • Olimpíada Brasileira de Informática – 1 medalha de ouro / 1 medalha de prata / 1 medalha de bronze
  • Olimpíada Nacional de Ciências – 1 medalha de ouro / 1 medalha de bronze
  • Concurso Internacional Canguru de Matemática – 1 medalha de ouro
  • Olimpíada Brasileira de Biologia Sintética – 1 medalha de ouro
  • Olimpíada Brasileira de Astronomia – 1 medalha de ouro
  • Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP) – 1 medalha de ouro
  • Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) – 1 medalha de prata
  • Competição Ibero-Americana de Informática e Computação – 1 medalha de prata
  • Olimpíada de Matemática do Rio Grande do Norte – 1 menção honrosa
  • Olimpíada de Química do RN – 1 menção honrosa